Chefes de Aprilia e KTM reclamam e pedem calendário menor na MotoGP: “Está no limite”

Dirigentes de Aprilia e KTM expressaram publicamente reclamações contra o atual calendário da MotoGP, o maior da história, e pediram por redução imediata do desgastante cronograma

A MotoGP planejou o maior calendário de sua história para a temporada 2024, com 22 etapas. Uma delas, porém, já foi cancelada, na Argentina. A prova no Cazaquistão ainda corre risco, pois aguarda homologação da FIM. Mesmo se tiver 20 eventos, a classe rainha do Mundial de Motovelocidade iguala o maior campeonato já feito até hoje.

Em 2023, a MotoGP realizou 20 etapas ao longo do ano, também sofrendo com cancelamentos durante o certame. Mesmo assim, as intensas viagens ao redor do mundo acabaram desgastando pilotos e equipes, virando debate dentro do paddock e gerando críticas. Os chefes de equipes também estão se unindo neste momento por um cronograma mais adequado.

Vale ressaltar que a classe rainha do Mundial disputa corridas sprint em todos os eventos do calendário, dobrando assim o número de corridas realizadas ao longo de uma temporada, aumentando também o número de lesões e causando significantes desfalques no grid.

“O número de corridas está no limite e nós, como grupo, preferimos que fossem menos”, disse Pit Beirer, diretor da KTM. “Somos a favor [das corridas sprint], amamos correr e adoramos ver uma prova já no sábado. Acho que isso deixa o evento mais legal para os fãs, para o público para nós mesmos, mas precisamos ser cuidar mais dos funcionários e pilotos”.

Largada da MotoGP em Jerez, uma das corridas disputadas na Europa (Foto: Divulgação/MotoGP)

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“Muitas vezes, com corridas a mais viajando pelo mundo, colocamos um peso enorme em todos os membros das equipes e em suas famílias. Precisamos ser cuidados e reduzir um pouco”, completou Beirer.

Massimo Rivola, CEO da Aprilia, também entrou no assunto às vésperas da segunda semana de testes de pré-temporada e comentou sobre o longo calendário da MotoGP.

“Terminei o ano passado destruído porque com a sprint, você já começa a sexta-feira no modo de classificação. Então chegamos cansados no domingo, a temporada foi dura. Pensar em 21 ou 22 eventos significa 42 ou 44 corridas, é muita coisa”, pontuou.

“Sou italiano, mas acho que deveríamos fazer menos corridas na Itália e na Espanha. Menos corridas na Europa para andar onde o dinheiro realmente está. Precisamos de patrocinadores grandes em nosso negócio. Então devemos ir onde o dinheiro está, onde o mercado de motos é quente”, finalizou.

MotoGP retoma as atividades entre os dias 19 e 20 de fevereiro em Lusail, no Catar, para concluir a pré-temporada. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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