Dovizioso diz que divórcio da Ducati “não surgiu de um dia para outro”: “Brigamos muito”

Vice-campeão nos últimos três anos contou que não tinha as mesmas ideias que a Ducati na hora de desenvolver a moto. Ainda assim, o italiano de Forli classificou a passagem pelo time como uma “experiência realmente importante”

Andrea Dovizioso quebrou o silêncio sobre o polêmico divórcio com a Ducati. O piloto de 34 anos explicou que a separação não aconteceu do dia para a noite e admitiu que brigou muito com a fábrica comandada por Claudio Domenicali ao longo das últimas oito temporadas.

O italiano de Forli colocou um ponto final nas negociações e anunciou em meados do mês passado que 2020 será a última temporada com a Desmosedici. Andrea, porém, vinha evitando justificar a decisão, sempre sob a alegação de que estava focado na briga pelo título.

Ao site da MotoGP, porém, Dovizioso admitiu que a saída é resultado de um acúmulo de coisas, mas ressaltou que a experiência de trabalhar com a Ducati foi “realmente importante”.

Andrea Dovizioso admitiu que brigou muitas vezes com a Ducati(Foto: Red Bull Content Pool)

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“Foi difícil, mas não tanto por muitas razões”, disse Dovizioso. “Isso é normal no esporte a motor e em todo o mundo é assim. Você tem de acompanhar a situação. No fim, isso não surgiu de um dia para o outro, foi um pouco mais, mais, mais e mais”, explicou.

Escalado para substituir Valentino Rossi na Ducati em 2013, Dovizioso apontou os aspectos positivos de trabalhar com italianos, mas deixou claro que a já famosa teimosia da equipe foi um entrave no relacionamento.

“Muitas coisas aconteceram em oito anos. No início, foi muito difícil, muito duro, mas nós crescemos juntos e foi uma experiência realmente importante”, recordou. “Quando você trabalha com italianos, é muito positivo, muito bom, pois você pode realmente dar um grande passo, pode realmente fazer algo quase impossível. Especialmente na Ducati, tem algumas pessoas realmente boas lá dentro, são realmente inteligentes, espertos”, elogiou.

“Por um lado, é muito difícil, pois a abordagem dos italianos é particular e não é tão fácil estar sempre de acordo. Nós brigamos muito durante esses anos, pois não tínhamos as mesmas ideias do caminho que deveríamos seguir. Foi bem difícil, com altos e baixos, mas no fim, sempre estive focado no campeonato”, completou.

Único campeão da MotoGP com a Ducati, Casey Stoner segue inconformado com a separação e não esconde a decepção com a fábrica italiana, já que entende que a casa de Borgo Panigale ainda não aprendeu a “cuidar” de seus pilotos.

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