Dovizioso foge de explicações para não criar “clima com Ducati” e nega ter “plano B”

Andrea Dovizioso tomou a decisão de deixar a Ducati, mas ainda não sabe qual vai ser seu futuro na MotoGP. Desconversando sobre os motivos para sair do time, o italiano admitiu que ainda não traçou seus próximos passos.

As negociações entre a fábrica de Borgo Panigale e o piloto de Forlimpopoli não encontravam pontos em comum. O principal entrave era o financeiro, com a equipe querendo baixar o salário do #4, especialmente para conter o golpe dado pela pandemia do coronavírus.

Muitas especulações sobre a renovação começaram a surgir na imprensa. Dovi já havia dito que a trinca Tchéquia-Áustria seria decisiva, com Davide Tardozzi, diretor da Ducati, afirmando que o futuro do competidor seria decidido após a segunda corrida no Red Bull Ring. Mas se Dovizioso, primeira opção, é caro, há outros nomes mais baratos no mercado.

Mas então, neste sábado (15), Simone Battistella, agente de Andrea, anunciou que o vice-campeão dos últimos três anos informou que “não tem a intenção” de seguir com a marca de Bolonha. Isso marca o fim de um relacionamento de oito temporadas, três vices, 13 vitórias e 39 pódios até o momento.

“Quero correr, mas, neste momento, não tenho nenhum plano B. Mas essa situação era diferente do que apenas esperar pelo plano B. A decisão [de sair] está relacionada à situação que há na Ducati. Fiz uma escolha e vou me focar em correr. Não tenho plano B, mas no esporte a motor muita coisa pode acontecer. A realidade, neste momento, é que não existe um lugar”, explicou o piloto.

“A única coisa que posso dizer é que foi melhor tomar a decisão agora e me focar na temporada do que esperar mais corridas [para decidir]. Estamos na Áustria, um bom circuito para nós e mostramos bom ritmo ontem e hoje. Então queremos o máximo das duas etapas. Foi a decisão certa decidir agora e é isso. É importante estar relaxado com o time e realmente focado no campeonato”, completou.

As opções de mercado para Dovizioso são bastante limitadas. Deixando a Ducati, resta uma vaga na Aprilia. Se optar por equipe satélite, pode correr com a SRT – o italiano correu na Tech3, quando ainda era time satélite da Yamaha, em 2012, subindo seis vezes ao pódio e terminando o ano em quarto.

Para 2021, a esquadra de Borgo Panigale já tem Jack Miller confirmado e admitiu que Jorge Lorenzo é uma opção que está na mesa para análise.

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