Bastianini vence de novo e desenha para Ducati que merece vaga na equipe de fábrica

Em um domingo em que Jorge Martín registrou o quarto zero em sete corridas na temporada 2022 da MotoGP, o piloto da Gresini conquistou a terceira vitória no ano e se colocou a oito pontos de Fabio Quartararo na classificação da classe rainha. Não parece necessário provar muito mais

BASTIANINI, MARTÍN OU MILLER: QUEM FICA COM A VAGA NA DUCATI NA MOTOGP EM 2023?

Enea Bastianini fez um desenho neste domingo (15). Se é que ainda restava alguma dúvida, o piloto da Gresini tratou de escancarar para a Ducati que é ele quem merece um lugar na equipe de fábrica na temporada 2023 da MotoGP ao vencer o GP da França.

No segundo ano na classe rainha do Mundial de Motovelocidade, ‘Bestia’ corre com uma moto defasada, uma GP21, mas não vem se deixando limitar pelo atraso do equipamento. Em nenhum momento da temporada, a performance de Enea foi limitada pelo fato de a moto ser o modelo do ano passado da Desmosedici.

CLASSIFICAÇÃO DA MOTOGP
▶️ Aleix Espargaró diminui vantagem de Quartararo

Enea Bastianini mostrou que merece um lugar na Ducati de fábrica (Foto: Gold & Goose/Red Bull Content Pool)

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A casa de Bolonha, porém, ainda não definiu quem estará ao lado de Pecco em 2022. Dias atrás, a cúpula da equipe admitiu que a decisão será tomada em junho, com a disputa centrada em Jack Miller, o atual titular, Bastianini e Jorge Martín.

Dos três, Miller tem a vantagem de já estar lá. Atual titular da equipe, o australiano ocupa hoje a quinta colocação no Mundial, com 62 pontos, 40 a menos do que Fabio Quartararo, o líder do Mundial de Pilotos. E, embora ainda não tenha vencido em 2022, Jack conta com um valioso apoio: o voto de Francesco Bagnaia, que já renovou o contrato até 2024 e fez campanha pela colega no último sábado.

“Me dou muito bem com Jack e não acho que possa fazer isso com outros pilotos. Acho que ele é realmente muito forte como piloto”, comentou Pecco. “Olhando os dados dele, eu também melhorei esses dias. Acho que é um equilíbrio difícil de repetir. De qualquer forma, sou um piloto e vou me adaptar ao que a equipe decidir, mas ficaria feliz se ele continuasse”, avisou.

Martín, por sua vez, quase não tem conseguido completar as corridas. O espanhol da Pramac abandonou quatro das sete corridas disputadas até aqui e já acumula oito quedas no ano, contra as 14 de toda a temporada passada.

Enquanto isso, Bastianini vai somando bons resultados. O piloto da equipe comandada por Nadia Padovani somou neste domingo a terceira vitória no ano e tem um único abandono na conta. É verdade que Enea ainda precisa trabalhar em estar permanentemente na ponta, já que, quando não esteve no topo do pódio, foi 11º, décimo e oitavo, mas ele agora tem 94 pontos, só oito a menos do que Quartararo e quatro atrás de Aleix Espargaró, o vice-líder da disputa.

“Este fim de semana foi um pouco estranho, caí três ou quatro vezes [3], também quebrei um motor, mas comecei a corrida com confiança de que poderia conseguir um bom resultado”, disse Bastianini. “Vi que Jack e Pecco estavam muito rápidos, mas o meu ritmo era tão bom quanto e comecei a estudar em que ponto do circuito eu poderia ultrapassar. Primeiro passei Jack, mas depois foi mais difícil passar Pecco, que estava muito forte na freada, mas eu era mais forte na primeira parte do circuito e consegui passar na chicane e ganhar a corrida”, explicou.

Com a vitória de Bastianini, a Ducati mantém uma boa sequência em Le Mans, já que tinha vencido com Miller no ano passado e com Danilo Petrucci em 2020.

“A Ducati é muito competitiva aqui e veremos se podemos continuar nesta mesma linha. Quando temos problemas, é difícil recuperar, mas espero solucionar isso”, torceu.

Bastianini explicou, ainda, que não tinha uma estratégia montada para a corrida. O ponto chave aconteceu na corrida 21, quando Pecco caiu pouco depois de perder a liderança pela segunda vez após escapar da trajetória enquanto defendia a liderança.

“Não tinha nenhuma estratégia para a corrida. Não sabia qual seria realmente o meu ritmo. O importante era aprender coisas com Pecco, pois ele era mais rápido do que eu em dois pontos, mas quando vi, mudei o traçado, fazendo como ele e consegui segui-lo”, indicou. “No muito, é uma questão de sorte. A verdade é que fizemos essa corrida sem estratégia, diferente das outras, quando tínhamos uma. Se você olhar a minhas corridas, dá para ver que sou mais rápido o final. E a verdade é que eu não sei por que é assim que as coisas acontecem”, assumiu.

A caminho de Mugello, Bastianini sabe que o fim de semana na Itália será importante para o futuro na Ducati, mas trata de controlar as expectativas.

“É importante para todos, mas, sobretudo, para os pilotos italianos. Gostaria de conseguir o pódio nesta corrida, mas é cedo para falar disso. Temos de aproveitar o fim de semana e evitar cometer erros”, frisou. “Fico contente de permanecer na Ducati, estou pilotando esta moto muito bem e creio que é a minha melhor opção, mas não sei, no momento, o que o futuro me trará e nem onde estarei”, seguiu.

“A Ducati me ofereceu um grande pacote técnico e acho que podemos ganhar como equipe independente. Vamos tentar”, assegurou.

A estrutura comandada por Gigi Dall’Igna já deixou claro que não quer perder ninguém e pode realocar seus pilotos entre equipe de fábrica, Pramac e ate Gresini. Mas, pelo que fez até aqui, difícil preterir Bastianini na hora da escolha. E não é nem preciso olhar a nacionalidade registrada no passaporte.

A MotoGP volta às pistas no próximo dia 29 de maio para o GP da Itália, em Mugello, oitava etapa da temporada 2022. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2022.

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