Ex-chefe da Suzuki explica escolha por Mir em detrimento a Lorenzo: “Era o cara certo”

Davide Brivio explicou que em 2019 surgiu a oportunidade de contratar Joan Mir e Jorge Lorenzo, mas o time nipônico optou por escolher o caminho de desenvolver um jovem competidor

Joan Mir levou a melhor em cima de Jorge Lorenzo para garantir a vaga na Suzuki. Davide Brivio, ex-chefe da equipe japonesa, explicou que o time ficou dividido em qual caminho deveria seguir: optar pela experiência ou apostar na novidade.

Para a temporada 2019, Andrea Iannone partiu para o desafio de defender a Aprilia. Com isso, a equipe nipônica viu a vaga de companheiro de Álex Rins em aberto. O tricampeão de Palma de Maiorca era um nome disponível no mercado de pilotos após a passagem sem sucesso pela Ducati.

Por outro lado, Mir, que havia sido campeão da Moto3 em 2017 e disputou sua primeira temporada na classe intermediária em 2018, também surgiu como uma opção para a Suzuki. Então, após apenas um campeonato na Moto2, subiu para a classe rainha.

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Davide Brivio comandou a Suzuki no título de Joan Mir (Foto: Suzuki)

“A ideia de tentar outro jovem piloto como Rins chegou. Viñales, Rins, cogitamos em trazer outro. Começamos a pensar em Joan Mir, pois vencer o campeonato da Moto3 com dez vitórias chamou minha atenção”, explicou o dirigente.

“Durante esse tempo também tivemos a opção de assinar com Jorge Lorenzo. Tínhamos de escolher entre Lorenzo e Mir. Mas não era uma escolha entre dois pilotos, mas de uma filosofia e direção que queríamos tomar, indo com um veterano como Lorenzo, ou desenvolver um jovem talento”, continuou.

“Quanto mais conhecíamos sobre Joan, mais parecia uma pessoa especial. Gostava da Suzuki, mas seu empresário me disse que havia problemas, pois tinha a opção da Honda. Então o perguntamos diretamente: ‘está interessado na Suzuki independente da Honda? Se tivesse de escolher, para onde iria?’”, emendou.

“Ele me respondeu: ‘Quero ir para a Suzuki, pois é a moto que se adapta ao meu estilo’. E quando me disse isso, meus olhos brilharam e pensei ‘é o cara certo’”, concluiu o agora diretor de corridas da Alpine na Fórmula 1.

Em 2019, então, Lorenzo partiu para a Honda para ser companheiro de Marc Márquez. Mas em uma campanha problemática e marcada por fortes acidentes, se despediu do time ao final do ano, assumindo o papel de piloto de testes da Yamaha em 2020 – função essa que também já deixou, abrindo espaço para Cal Crutchlow.

Já Mir teve um primeiro ano de MotoGP bastante discreto, terminando no top-5 apenas uma vez e encerrando a temporada em 12º. Entretanto, em 2020, aproveitou todas as oportunidades para sagrar-se o mais novo campeão da principal classe do Mundial de Motovelocidade.

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