Quartararo sai insatisfeito de teste, mas mostra fé na Yamaha: “Vai trabalhar muito”
Francês reconhece que não viu grandes melhoras nas novidades testadas pela casa de Iwata na atividade coletiva de Jerez e ainda alertou para a melhora da Ducati
Fabio Quartararo saiu insatisfeito com as evoluções levadas pela Yamaha para o teste coletivo de Jerez de la Frontera. O campeão de 2021 disse que viu pouca melhora nas novidades levadas à Espanha pela marca de Iwata, mas segue confiante de que os engenheiros podem conseguir avanços para a pré-temporada.
No resultado combinado dos dois dias de testes em Jerez, Quartararo ficou com o terceiro melhor tempo, 0s452 atrás de Francesco Bagnaia, o líder dos trabalhos.
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Apesar de conquistado o título de 2021, a MotoGP fechou a temporada ciente do crescimento da Ducati, especialmente com Bagnaia, que venceu quatro das últimas seis corridas do ano. Ainda assim, a Yamaha testou mais do mesmo em Jerez, já que se dedicou a avaliar os mesmos componentes que tinham sido experimentados em Misano, em setembro.
A Ducati, por outro lado, contou com novos motor, carenagem e sistema de escapamento, enquanto a Honda focou em uma moto completamente nova. A YZR-M1 tinha um novo chassi e uma nova carenagem para o segundo dia de testes, mas Quartararo não notou uma grande melhora.
“Não diria que estou preocupado, mas, claro, [a Ducati] parece super rápida”, disse Quartararo. “E nós não demos um passo. Isso é certo. Então espero que em Sepang a gente dê um passo, pois tentamos muitas coisas, mas não senti nenhuma melhora”, seguiu.
“A nova carenagem, para ser sincero, não dá para sentir. É mais uma questão de dados e tudo mais. Então é difícil dizer, mas, para mim, parece um pouco melhor!”, comentou. “Tinha um novo chassi, mas não senti nenhuma melhora. Estamos procurando um pouco mais de aderência, então é algo que definitivamente não encontramos hoje. Então não tem nada de superpositivo. Mas [a Yamaha] sabe onde precisa melhorar, então isso é o mais importante”, ponderou.
Questionado sobre a performance da Ducati, já que Jerez não conta com longas retas, Fabio considerou: “É bem estranho, pois, em Mugello, a diferença de velocidade é de cerca de 10 km/h e aqui hoje também foi de cerca de 10 km/h. Então não entendo, mas acho que a aerodinâmica que eles têm nesta moto é enorme, e acho que precisamos trabalhar muito nessa área, para ter um pouco mais de downforce. Acho que esta é uma das coisas mais importantes”.
“E, para mim, claramente, aquela época em que a Ducati não fazia curva por ser uma moto grande, não existe mais”, defendeu. “E acho que a Ducati agora, com combinação de pilotos ― não estou dizendo que é a moto que faz a diferença, pois odeio dizer que a moto é melhor ―, mas a moto precisa de um piloto e a combinação do piloto com a moto que é a Ducati faz com que eles sejam superfortes. Nós precisamos melhorar em muitas áreas”, assumiu.
“Mas, claro, [a Ducati] é super-rápida e eles parecem realmente fortes”, frisou.
Por fim, Fabio sublinhou que, embora o teste não tenha saído como esperado, ele está confiante de que a Yamaha vai trabalhar para resolver os problemas.
“Vou para casa como campeão mundial, vou para casa e vou curtir. Então não estou preocupado, a Yamaha vai trabalhar muito”, declarou. “Este não foi o teste que estávamos esperando, mas vou para casa e vou assistir o vídeo da premiação da FIM! Acho que todos na equipe vão felizes para casa, menos os engenheiros japoneses, que vão precisar trabalhar muito!” pressionou.
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