GUIA 2021: VR46 dá primeiro passo na MotoGP ainda sem dizer se veio para ficar
Em uma aliança com Ducati e Avintia, a VR46 entra na classe rainha do Mundial de Motovelocidade neste ano para correr com Luca Marini. Mas a equipe ainda não disse se veio para ficar
A VR46 VAI DAR O PRIMEIRO PASSO NA MOTOGP EM 2021. A equipe é endereço certo dos integrantes da Academia de Pilotos homônima e é justamente assim que chega à classe principal: com Luca Marini.
A história da VR46 no Mundial de Motovelocidade começou há sete anos, quando Valentino Rossi se uniu a emissora italiana Sky para ajudar a fomentar o motociclismo na Itália. Na época, a Espanha era a maior potência no esporte, tomando um lugar que outrora tinha sido da Itália.
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A equipe na Moto3 veio primeiro, mas o salto para a Moto2 tampouco tardou. A classe intermediária, aliás, viu os primeiros títulos dos pupilos de Rossi: Franco Morbidelli em 2017 e Francesco Bagnaia em 2018.
A entrada na classe rainha, porém, sempre foi aguardada, especialmente por se tratar de Valentino. Diretor-executivo da Dorna, a promotora do Mundial, Carmelo Ezpeleta sempre disse que Rossi teria uma equipe na MotoGP quando quisesse, mas a VR46 sempre se pôs cautelosa antes de tomar essa decisão.
Só que no fim do ano passado, o cenário mudou. A VR46 passou a negociar o salto de Marini para a classe rainha e, por isso, fez uma parceria com a Avintia e a Ducati. Dono da equipe, Raúl Romero fez um ligeiro escândalo ao longo do ano passado, dizendo que Valentino poderia comprar a vaga se quisesse um lugar para o irmão.
No fim, a aliança saiu do papel, garantindo um lugar para Luca e também despachando Tito Rabat para o Mundial de Superbike. A organização da equipe, contudo, ainda é um pouco difícil de entender.
A Avintia terá dois pilotos em 2021 ― Marini e Enea Bastianini ―, mas cada um deles com uma cor diferente. Enquanto o campeão do ano passado da Moto2 vai carregar a marca da escuderia, Luca vai vestir as cores do irmão e também terá a companhia de alguns dos integrantes da VR46 nos boxes.
Rubén Xaus seguirá sendo o dirigente da equipe, mas Pablo Nieto será o responsável por tudo que envolve Luca e a parceria com a Avintia. Roberto Locatelli vai atuar como coach de pilotagem de Marini. Christian Dionigi e Gianluca Falconi serão os mecânicos do piloto de 23 anos.
O passo parece um indício claro de que a VR46 chegou para ficar, mas a equipe se mantém no discurso de cautela. No início do mês, Nieto conversou com o GRANDE PRÊMIO e disse que ainda era “cedo” para dizer se esse era um passo definitivo.
“Precisamos trabalhar muito e aí veremos o que acontece”, falou Pablo.
É certo que a MotoGP é um mundo diferente de Moto3 e Moto2, mas parece difícil imaginar que a VR46 não vai seguir por este caminho. Especialmente por que a Avintia já deu indícios de que pretende encerrar a equipe no fim do ano. Assim, nem precisaria de muito esforço para arranjar uma vaga para a escuderia italiana.
Rossi é uma cria do Mundial de Motovelocidade e vem trabalhando nos últimos anos no desenvolvimento de outros pilotos que começam a avançar mais e mais. É um passo natural entrar de vez na MotoGP. E isso não deve nem demorar.
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