GUIA 2023: Aprilia dobra esforço na MotoGP e luta para se manter protagonista

Depois de sonhar com o título da classe rainha do Mundial de Motovelocidade em 2022, a casa de Noale tenta dar mais um passo nesta temporada, mas agora sem as concessões que a ajudaram a desenvolver a RS-GP. Além disso, os italianos dobram o esforço na categoria, com a RNF passando a ser equipe satélite

A DISPUTA PROMETE SER DURA, MAS A APRILIA VAI PARA A TEMPORADA 2023 DA MOTOGP FOCADA EM MANTER O PROTAGONISMO. Depois de um enorme salto de performance no ano passado, a casa de Noale tratou de refinar a RS-GP para se manter no mesmo nível de competitividade.

Apesar de ter um passado glorioso no Mundial de Motovelocidade — com nove títulos nas 250cc e outros dez nas 125cc —, a Aprilia tardou a engrenar na MotoGP. Desde o retorno à classe rainha, em 2015, os italianos foram meros coadjuvantes, ofuscados por uma série de decisões erráticas.

Aleix Espargaró e Maverick Viñales formam a dupla da Aprilia na MotoGP (Foto: Aprilia)

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A história começou a mudar, porém, com a contratação de Massimo Rivola. Após 21 temporadas na Fórmula 1, o ex-Ferrari assumiu a direção-executiva do time em 2019 e, aos poucos, foi mudando o cenário. A chegada do italiano, além de trazer novas pessoas para a equipe, também impactou diretamente no trabalho de Romano Albesiano, que ficou livre para focar apenas na evolução do protótipo.

O salto efetivo, contudo, veio apenas no ano passado, quando a Aprilia não só conquistou a primeira vitória na MotoGP — cortesia de Aleix Espargaró no GP da Argentina —, mas também se posicionou como candidata ao título.

Por longos meses, o mais velho dos irmãos de Granollers permaneceu na parte de cima da tabela de classificação, mas erros — do piloto e da equipe —, falhas de estratégia e problemas inesperados com a RS-GP acabaram por chamar a Aprilia de volta à realidade. Mesmo assim, o quarto lugar de Aleix na classificação do Mundial de Pilotos foi o melhor resultado dele na carreira e também o melhor da construtora. Para completar, os italianos conseguiram o terceiro lugar no Mundial de Construtores, só oito pontos atrás da Yamaha, e a terceira colocação no Mundial de Equipes. Este resultado, porém, fortemente impactado pelo duplo abandono do GP da Comunidade Valenciana.

Salvo problemas pontuais, a Aprilia fechou 2022 sabendo que tinha nas mãos uma boa moto e, por isso, não precisava de uma revolução no projeto. Bastava uma evolução bem feita para também lidar com a melhora dos adversários. Mas tem um porém… Desta vez, os engenheiros terão de acertar a mão, já que as concessões foram perdidas e, assim, a RS-GP terá motor congelado e menos liberdade para testar, por exemplo.

Do lado dos pilotos, a Aprilia segue com a dupla do ano passado: Aleix Espargaró e Maverick Viñales. O primeiro, ainda no posto de ‘Capitão’, é o que carrega nos ombros o peso da responsabilidade, mas já começou 2023 com um pequeno revés: uma cirurgia para tratar de uma fibrose no braço às vésperas do início do campeonato. O ‘Top Gun’, por sua vez, já teve uma temporada de adaptação e agora tem a expectativa de voos mais altos.

Mas não é só isso. A casa de Noale dobrou o esforço na MotoGP e, a partir deste ano, passa a contar com uma equipe satélite. A RNF abandonou a Yamaha e preferiu correr com as RS-GP, deixando a marca dos três diapasões sozinha com Fabio Quartararo e Franco Morbidelli nas únicas duas YZR-M1 do grid.

E a escuderia malaia conseguiu uma interessante dupla de pilotos: Miguel Oliveira e Raúl Fernández. O português já é mais experimentado e já mostrou que tem capacidade para liderar uma equipe. O caçula do grid, porém, vai mais para um 2023 de reconstrução depois do fiasco do casamento com a KTM/Tech3.

A Aprilia, contudo, não deu à escuderia privada a versão mais nova da RS-GP, mas, pelo que se viu na pré-temporada, Oliveira e Fernández não estão insatisfeitos em rodar com a moto do ano passado.

Ir ainda mais longe será uma meta difícil, especialmente pela força da Ducati, que tem oito motos no grid, mas a Aprilia mostrou estar no rumo certo para manter o protagonismo na MotoGP.

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