Michelin vê recomeço com novo asfalto e leva pneus extras para MotoGP no Catar

Chefe da divisão de competição em duas rodas, Piero Taramasso explicou que, seguindo o regulamento, a Michelin levou uma especificação extra dos pneus dianteiro e traseiro para lidar com o novo asfalto do circuito de Lusail

A Michelin levou pneus extras para o Catar para responder ao novo asfalto do circuito de Lusail. A medida está prevista em regulamento para traçados que são recapeados.

A pista catari passou por uma ampla reforma, que, inclusive, motivou a transferência da corrida do início para o fim da temporada. Por isso, Piero Taramasso, chefe da divisão de competição em duas rodas da Michelin, encara este fim de semana como uma espécie de recomeço.

“O novo asfalto significa que tudo ou quase tem de ser refeito, em termos de escolha de pneus e acerto das motos”, disse Taramasso. “Como não sabemos nada sobre esse asfalto, fornecemos, se acordo com o regulamento técnico, uma especificação adicional de pneu”, seguiu.

“Portanto, nossos parceiros da MotoGP terão a oportunidade de testar quatro especificações dianteiras ao invés de três, e três traseiras ao invés de duas”, apontou.

Michelin vai fornecer os pneus extras no Catar (Foto: Michelin)

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!

Para a dianteira, os pilotos terão acesso a duas opções de pneus duros, além de médios macios, todos com perfil simétrico. Na traseira, estão disponíveis pneus macios, médios e duros, com os mais moles em versão assimétrica, com borracha mais firme do lado direito. Em caso de chuva, estão disponíveis pneus macios e médios, com apenas os traseiros com construção assimétrica.

“O Catar tem a particularidade de realizar a corrida no fim do dia, quando a luz está baixando. Em Lusail, que fica no meio do deserto, a temperatura do asfalto cai com o cair do sol, indo de 45°C para 20°C em um curto período de tempo. Vamos trabalhar no sentido oposto do que normalmente fazemos, colocando o pneu mais duro primeiro na pista, aí os pilotos vão refinar as escolhas deles ao introduzir opções cada vez mais macias para identificar a melhor janela de operação”, explicou Taramasso. “Do nosso lado, teremos de entender o mais rápido possível o nível de desgaste e quais são as condições térmicas geradas por esta pista para podermos aconselhar nossos parceiros da melhor forma possível sobre a escolha de pneus para cada ocasião”, continuou.

“Outro ponto crítico que teremos de levar em conta é a areia soprada para a pista pelo vento, que aumenta a abrasão. Levando em contra a nossa experiência com Lusail, não estamos entrando em território completamente desconhecido e temos confiança nos pneus que trouxemos, mas é claro que essas mudanças levantam algumas questões, que são vitais para serem respondidas”, encerrou.

MotoGP volta a acelerar no final de semana de 19 de novembro, com o GP do Catar, no circuito de Lusail, para a penúltima etapa do calendário. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade.

Piloto é meu e faço o que eu quiser: a nova tática da Ducati na MotoGP
Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da MotoGP direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.