Na Garagem: Rossi bate Biaggi no GP da Austrália e fatura título final das 500cc

O italiano de Tavullia gravou o nome na história do Mundial de Motovelocidade ao conquistar com duas etapas de antecedência o último título da era das 500cc. A partir de 2002, a tradicional cilindrada deu lugar à MotoGP

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HÁ 20 ANOS, VALENTINO ROSSI CONQUISTOU UM LUGAR SÓ DELE NA HISTÓRIA DO MUNDIAL DE MOTOVELOCIDADE. Em 14 de outubro de 2001, o italiano venceu o GP da Austrália e, com duas etapas de antecedência, conquistou o último título da era das 500cc.

Então com 22 anos, Rossi estava na segunda temporada na classe rainha e vinha de um vice-campeonato na estreia. Na época, Valentino defendia a satélite Nastro Azzurro, mesmo que contando com amplo apoio da Honda.

Rossi chegou a Phillip Island com 250 pontos na liderança do Mundial, 67 a mais que Max Biaggi. Até então, o italiano somava oito vitórias, outros dois pódios e quatro poles.

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Valentino Rossi sagrou-se campeão das 500cc em 2001 (Foto: Divulgação/MotoGP)

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Naquele GP da Austrália, Rossi largou em segundo após se classificar 0s424 atrás de Biaggi, que corria com a Yamaha. O brasileiro Alex Barros vinha em terceiro, com Sete Gibernau fechando a primeira fila, que era formada por quatro competidores na época.

Tentado evitar a coroação do jovem ‘Doutor’, Biaggi lançou um desafio firme e respondeu à boa largada de Valentino tomando a ponta na primeira curva. O piloto da Nastro Azzurro, porém, retomou o comando, com Barros em segundo e Olivier Jacques em terceiro, diante de Biaggi.

Ainda no início do GP, Biaggi chegou a cair para a quinta colocação, atrás também de Noriyuki Haga. Na volta 2, Barros tomou a liderança de Rossi na Lukey Heights, a nona curva do traçado australiano. O italiano resistiu à pressão de Haga por alguns metros, mas caiu para a terceira colocação na volta 3, justamente na mesma curva em que tinha sido superado por Alex.

Sem muita demora, Rossi passou Haga e reassumiu o segundo posto, enquanto Biaggi vinha em quarto, diante de Jacque. O trio da ponta abriu uma pequena margem em relação ao segundo pelotão, com Noriyuki aproveitando para deixar Valentino para trás mais uma vez.

Aos poucos, Biaggi foi chegando em Rossi, enquanto Barros era pressionado por Haga. Na abertura da volta 7, o #46 passou Noriyuki e começou a pressionar Alex pela liderança. Sem conseguir passar, o italiano mais uma vez caiu para terceiro, de novo atrás do japonês.

Biaggi tampouco ficou parado e aproveitou para tomar o terceiro lugar de Rossi pouco depois, com Jacque fechando um top-5 bastante compacto. Haga assumiu brevemente a ponta poucos metros adiante, mas Alex não só recuperou, como viu Biaggi se instalar em segundo.

Haga reagiu logo depois e recuperou o segundo posto. O japonês, pouco depois, tomou a liderança de Barros na volta dez, com Rossi passando Biaggi para ser terceiro.

Com a Honda da Pons, Barros voltou à ponta, mas Haga mostrou boa forma e tornou a superá-lo. Na passagem pela reta, Valentino tentou um primeiro ataque na direção de Alex, mas os dois se tocaram. O italiano insistiu mais adiante, mas o brasileiro manteve a frente e ainda seguiu para tomar a dianteira de Noriyuki.

Haga, contudo, vinha inspirado na Austrália e não tardou a recuperar a ponta. Com 15 voltas para o fim, porém, Alex voltou ao comando, à frente de Haga, Rossi, Biaggi e Jacques.

Valentino deixou o japonês para trás e, na abertura da volta 14, assumiu a liderança, diante de Haga e Barros. Uma vez na ponta, Valentino tratou de se afastar um pouco do pelotão, criando uma margem menor do que 1s. Biaggi, então, se instalou em terceiro, atrás de Alex, o segundo.

Na volta 16, Biaggi subiu para a segunda colocação e passou a perseguir Rossi pela vitória. Rodando mais rápido, Max logo cortou a vantagem do ponteiro e, no giro seguinte, passou para a liderança.

O ‘Imperador Romano’, contudo, não conseguiu fugir do pelotão e seguiu com Rossi menos de 0s1 atrás com dez voltas para o final da corrida. O grupo da frente, aliás, tinha agora seis pilotos, com Loris Capirossi aparecendo na briga nesta metade final de disputa.

Loris, aliás, tomou o comando pouco depois, passando Biaggi pela esquerda enquanto Rossi foi pela direita. Barros levou um susto na Siberia, a curva 6, mas conseguiu se manter na pista. Max reagiu quase que de imediato e voltou ao comando, diante de Capirossi e Rossi.

Valentino logo passou Capirossi e começou a pressionar Biaggi pela ponta. Jacques avançou para terceiro e vinha buscando uma brecha para ameaçar Rossi.

Com quatro voltas para o fim, Barros deixou Jacques para trás e se instalou em terceiro. Pouco depois, Rossi tentou atacar Biaggi, que defendeu. Vale insistiu e recuperou a ponta em Phillip Island.

Na reta final da disputa, Rossi abriu vantagem e quebrou o pelotão, acompanhado apenas por Biaggi. Com duas voltas para o fim, o mais experiente dos italianos tomou o comando, onde ficou até o giro final. Na curva MG, a décima do circuito, Valentino ultrapassou e seguiu para receber a bandeirada com só 0s013.

Com o resultado em Phillip Island, Rossi não se tornou apenas o último vencedor das 500cc, mas também o terceiro piloto a conquistar os títulos de 125cc, 250cc e 500cc, depois de Phil Read e Mike Hailwood. O italiano, porém, foi o caçula a conseguir tal feito e o quarto piloto mais novo a vencer o título da categoria principal.

“No momento, é uma grande emoção”, disse Rossi logo após a conquista. “É melhor quando você vence as 500cc, você sente que venceu a corrida mais importante das motos”, seguiu o italiano.

“Com certeza, essa é uma das [vitórias] mais importantes por causa da pressão, da situação”, reconheceu.

20 anos após a primeira conquista na classe rainha, Rossi segue na ativa, mas agora fazendo pela satélite SRT as últimas corridas da carreira antes da aposentadoria.

No total, o filho de Graziano e Stefania soma 89 vitórias na classe rainha, com 199 pódios e 55 poles, além de sete títulos mundiais. Além de 2001, Valentino foi campeão de 2002, 2003, 2004, 2005, 2008 e 2009, os quatro últimos já com a Yamaha.

MotoGP volta às pistas no próximo dia 24 de outubro para o GP do Feito na Itália e da Emília-Romanha, em Misano. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2021.

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