Simoncelli pede rigor e velocidade nas punições e cobra “colhão” da direção de prova

Paolo Simoncelli disparou contra a direção de prova da MotoGP e mostrou surpresa com a inconsistência por causa da presença de Freddie Spencer

Vitória dominante de Oliveira e líder punido: assista aos melhores momentos do GP da Catalunha (GRANDE PRÊMIO com Reuters)

Paolo Simoncelli disparou contra a direção de prova do Mundial de Motovelocidade. O chefe da Sic58 reclamou de falta de decisão e considerou que é preciso “colhão” para executar o trabalho.

Os comissários da MotoGP voltaram a ser alvo de críticas após o GP da Catalunha, especialmente por não terem punido Fabio Quartararo tão logo o francês apareceu com o macacão aberto e sem a proteção de peito. Além disso, a agressividade da Moto3 também está em destaque, especialmente na esteira da morte de Jason Dupasquier, já que muitos acidentes estão sendo causados pela postura de competidores.

Fabio Quartararo ficou quase sem roupa no fim da corrida (Foto: Reprodução/MotoGP)

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Após a corrida em Barcelona, o pai de Marco defendeu que é preciso ter pessoas que tomem decisão rapidamente e se mostrou surpreso com as dificuldades, especialmente pela presença de Freddie Spencer, bicampeão das 500cc.

“Precisamos de pessoas que tomem decisões”, disse Simoncelli em entrevista ao jornal italiano La Gazzetta dello Sport. “Assim como o piloto tem de decidir em um microssegundo, então a direção de prova deve fazer o mesmo. E como isso nunca acontece, significa que eles não sabem como fazer o trabalho”, disparou.

“Me parece estranho que Spencer, que era um piloto, não possa fazer isso”, comentou.

Paolo ressaltou que os pilotos precisam de regras claras que sejam cumpridas e citou como exemplo o polêmico desfecho da temporada 2015 da MotoGP, quando Valentino Rossi e Marc Márquez tiveram um toque que culminou com a queda do espanhol. Na ocasião, o então piloto da Yamaha só recebeu uma punição ― um ponto de advertência ― depois da corrida, o que acarretou em uma sanção maior na corrida final, em Valência, já que o ponto recebido, somado aos que ele já tinha, fizeram com que o multicampeão largasse no fundo do grid.

“Os pilotos, como as crianças, precisam de regras, que devem ser respeitadas. Eles precisam da certeza da punição e de uma aplicação estrita. Mas também que seja imediata, nem uma hora mais tarde e nem na corrida seguinte”, defendeu. “Se Rossi tivesse sido sancionado imediatamente na Malásia depois do acidente com Márquez, teria acabado ali e, em Valência, poderia ter lutado pelo décimo título”, ponderou.

“Esse é um papel difícil, para o qual é preciso colhão. E, se eles não têm isso, que mudem de trabalho”, concluiu.

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