Retrospectiva 2021: Honda segue perdida na MotoGP, mas vê luz no fim do túnel

A Honda venceu três vezes na temporada da MotoGP, todas com Marc Márquez, mas sai de 2021 com uma sensação amarga de que está defasada em relação às rivais

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A Honda mais uma vez passou longe dos títulos na MotoGP. Por mais que tenha conquistado três vitórias, todas com Marc Márquez, a sensação é de que a montadora japonesa ficou no limbo durante toda a temporada e que raramente foi capaz de ser competitiva. Mesmo assim, tirou válidas lições para 2022 e consegue sonhar com um futuro mais esperançoso.

No fim, a montadora terminou o Mundial de Construtores na quarta colocação, mas muito atrás de Ducati e Yamaha, as principais rivais em anos anteriores. Entre as equipes, ficou no meio da tabela, com o quinto melhor desempenho. A segunda metade da temporada foi mais gentil, como um todo, mas deixa lições importantes para o próximo ano.

É bem verdade que as vitórias de Marc Márquez amenizaram a situação na Honda, apesar de duas delas terem acontecido em circuitos anti-horários — Sachsenring e Austin —, favorecendo assim o ombro ainda dolorido do multicampeão que voltava de lesão. A conquista em Misano, porém, mostra um cenário diferente, mas os erros marcaram o campeonato.

Marc Márquez venceu três vezes durante 2021 (Foto: Honda)

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Chegando ao time após anos na KTM, Pol Espargaró viveu uma situação diferente. Claramente perdido no início, o espanhol parecia tentar em um ritmo a mais do que poderia e forçava erros tolos. As pontuações discretas mostraram que não tinha moto para fazer melhor. A pole-position em Silverstone e o pódio em Misano salvaram um complicado ano.

No outro time a correr com a moto RC213V, a LCR, a situação não foi boa. De bons resultados em 2020, o time virou mero coadjuvante no grid, com Takaaki Nakagami e Álex Márquez sofrendo no meio do pelotão. E essa parece ter sido a sina da Honda no ano.

Pol Espargaró sofreu ao longo do ano (Foto: Repsol)

Depois de sofrer com várias áreas, a Honda tentou fazer mudanças pontuais ainda durante 2021. Com a possibilidade de evoluir partes do equipamento para a próxima temporada, especialmente chassi e motor, a expectativa é de um salto para não precisar mais depender de Marc Márquez.

Com uma moto moldada para o hexcampeão da MotoGP, a Honda precisa mais uma vez se reinventar. Dessa vez, não para manter a hegemonia de títulos, mas para voltar a ser postulante a alguma disputa no campeonato. É hora da marca se reinventar, mas a oportunidade de modificar partes já soa como uma luz no fim do túnel de dois anos praticamente perdidos.

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