Trackhouse estende acordo, mas pressiona Aprilia e quer moto de fábrica já para 2024
Justin Marks, dono da Trackhouse, escolhida para substituir a RNF no grid da MotoGP, declarou que o objetivo é se tornar "a melhor equipe independente do paddock". Por essa razão, quer motos de fábrica da Aprilia já para a corrida no Catar
Escolhida para ocupar o lugar deixado repentinamente pela RNF no grid da temporada 2024 da MotoGP, a Trackhouse confirmou que chegou a um “acordo plurianual” com a Aprilia para disputar a classe rainha do Mundial de Motovelocidade. E o objetivo, de acordo com o dono da equipe americana, Justin Marks, é que Miguel Oliveira e Raúl Fernández tenham motos de fábrica já no ano que vem.
O caminho da Trackhouse até a MotoGP passou pela crise na RNF. A equipe, que tem origem malaia, mas que hoje tem um romeno como acionista majoritário, deixou de cumprir compromissos previstos no Acordo de Participação assinado com a Dorna e, por isso, foi vetada do próximo campeonato.
O ex-piloto natural de Missouri, Estados Unidos, então, assumiu a estrutura malaia ainda em vigor, que recebe as motos fabricadas pela casa de Noale. A questão, porém, é que a RNF era uma equipe satélite, portanto com um equipamento inferior aos que serão usados por Aleix Espargaró e Maverick Viñales, os pilotos do time principal.
Marks falou com o site da revista inglesa Autosport e revelou a extensão do acordo. “Chegamos a um contrato plurianual com a Aprilia. Do nosso ponto de vista, seria um erro assinar com eles agora e mudar um ano depois”, explicou, indo além nos planos:
“Não queremos ser um simples cliente da Aprilia, e sim um parceiro para a ajudar a conquistar o título. Nossa intenção é brigar por vitórias. De três a cinco anos, queremos nos tornar a melhor equipe independente do paddock”, assegurou.
“Queremos ser um local atrativo para os melhores pilotos e técnicos. A partir daí, funcionará para melhorar a comunicação e reduzir os tempos de resposta. Nosso plano é gerir esse time de Noale. As motos serão montadas e preparadas lá, na Aprilia, e isso vai nos ajudar”, completou Marks.
Antes satélite da Yamaha, a RNF terminou 2023 na oitava colocação entre as equipes, com 134 pontos. O melhor resultado conquistado por um piloto do time foi o quarto lugar de Oliveira na Inglaterra, porém no que depender dos americanos, a situação em 2024 será muito diferente.
“Estamos pressionando a Aprilia para termos duas motos oficiais já em 2024. É algo que eles não tinham em mente, mas estão trabalhando o máximo que podem para realizar”, contou, dizendo que os planos são ter a primeira já na etapa de abertura, no Catar, com a segunda chegando algumas corridas depois. O empresário não disse, contudo, se a moto de fábrica seria conduzida por Oliveira ou Fernández.
“A ideia é ter as duas o mais rápido possível. Nas próximas duas semanas vamos decidir quem terá a moto oficial primeiro, mas o importante é que tanto Miguel quanto Raúl a tenham nas primeiras corridas. Tudo dependerá da velocidade de fabricação da Aprilia”, concluiu.
A MotoGP volta a acelerar entre 6 e 8 de fevereiro de 2024, com os testes de pré-temporada na Malásia, no circuito de Sepang. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.
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