Yamaha ataca comissários por punições em Jerez: “Profissionalismo de baixa qualidade”

A Yamaha ainda não engoliu as punições aplicadas a Franco Morbidelli e Fabio Quartararo no fim de semana do GP da Espanha. Chefe do time, Massimo Meregalli colocou em dúvida o profissionalismo dos comissários da MotoGP.

O ítalo-brasileiro recebeu uma volta longa como punição por um incidente com Álex Márquez na primeira volta da corrida sprint. Fabio, por sua vez, foi punido durante a corrida de domingo após tocar Marco Bezzecchi, cair e coletar Miguel Oliveira.

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A Yamaha chegou a apelar da pena contra Morbidelli, mas o recurso foi negado. No caso de Quartararo, a equipe ficou de mãos atadas, já que o regulamento da MotoGP não permite recursos nesse tipo de punição. Ainda assim, a equipe foi à direção de prova em busca de um entendimento, mas saiu sem entender o motivo da sanção.

“Fomos à direção de prova, pois realmente não entendemos o motivo de terem decidido punir Fabio com uma volta longa”, disse Meregalli ao site da MotoGP. “Depois que falamos com eles, ficamos ainda mais convencidos de que cometeram um erro. Eles nos mostraram a imagem e muitos pontos de vista diferentes e, no fim, não nos convenceram de que a decisão deles estava certa”, seguiu.

“Estou desapontado, pois, com certeza, a corrida foi comprometida pela decisão deles. Ontem [no domingo], em minha opinião, eles tomaram outra decisão que era muito, muito apelável”, indicou. “Sem contar o fato de termos recebido a informação na TV, informação errada. Foi um profissionalismo de baixa qualidade”, atacou.

Ainda, Megegalli afirmou que o fato de Yamaha ter apelado à punição imposta a Franco Morbidelli no sábado foi também uma forma de mostrar apoio ao piloto.

“Não vai acontecer nada, pois não cabe apelação nesse tipo de punição”, contou Maio, se referindo à sanção a Quartararo. “Nós pudemos apelar da punição que eles deram a Franco, pois acreditamos que eles cometeram um erro e realmente gostaríamos de mostrar apoio ao nosso piloto, pois sentimos que tínhamos de fazer isso”, justificou.

“Não tivemos sucesso e eles rejeitaram nossa apelação. A de hoje [Fabio], não há nada, infelizmente, que possamos fazer”, lamentou. “Eles também vão aprender com os erros deles. Estou convencido de que, quando saímos, a direção de prova estava duvidando do que tinha feito”, encerrou.

O próprio Quartararo manifestou a insatisfação com a punição e afirmou que estava tentando evitar o acidente.

“Não estava tentando ultrapassar, mas continuar em pé e sobreviver à curva. Fiquei surpreso [pela punição]. Não vejo nenhum motivo para me punir, porque eu estava somente tentando fazer o melhor [para evitar o acidente e a queda]. Maio [Meregalli] e Lin [Jarvis] foram à direção de prova buscar explicações e não houve nenhuma muito clara. Da nossa parte, não vimos nada estranho da minha parte. Penso que claramente não vale a punição, mas está no passado”, disse ‘El Diablo’.

A polêmica em torno das decisões dos comissários não é de agora, mas, em Jerez, os pilotos venceram uma queda de braço e agendaram para Le Mans, palco da próxima etapa do campeonato, uma conversa com os comissários para entender como as penas são decididas e expor o ponto de vista dos competidores.

A MotoGP volta à ativa no fim de semana de 14 de maio, com o GP da França, em Le Mans. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade.

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