GUIA 2024: F1 pega fogo antes mesmo do início com Hamilton, Andretti e Horner

Não é exagero algum dizer que a F1 nunca havia encontrado um período tão movimentado entre temporadas. É que não foi simplesmente uma fase de movimentações no mercado, troca de pilotos, entrada de equipes, nada disso: foi de caos total e absoluto.

A loucura é tanta que o grid de 2023 para 2024 não mudou nenhuma peça. Isso mesmo, zero. Ou seja: o grande fator para movimentações entre uma temporada e outra não foi protagonista. Quer dizer, foi, mas olhando para 2025. Com consequências imediatas.

Se o grid foi estranhamente preservado de 2023 para 2024, já se sabe que isso não vai se repetir em 2025, ano em que tantos contratos se encerram. E foi logo com um movimento histórico: Lewis Hamilton confirmou a saída da Mercedes e a chegada à Ferrari no ano que vem. Uma bomba de enormes proporções.

Ou seja, o campeonato deste ano começa já condicionado, afinal, como fica a relação de tantos anos entre Mercedes e um Hamilton de saída? E a Ferrari, com Carlos Sainz que vai cumprir aviso prévio até arrumar uma casa nova? Ainda, qual será o papel exercido agora por George Russell de um lado e por Charles Leclerc do outro? São muitas as questões envolvendo os dois times.

Só que o movimento histórico protagonizado por Hamilton respinga também no resto do grid. Afinal de contas, com tanta gente com vínculos no fim, quem não vai querer uma chancezinha na Mercedes? Isso mexe, por exemplo, com peças centrais do mercado como Pierre Gasly, Esteban Ocon, Alexander Albon e até Fernando Alonso. Caos, pois.

E teve mais coisa abalando as estruturas da F1: a Andretti, mais uma vez, teve a porta fechada na cara pela categoria. A F1 prometeu rever a situação dos americanos para 2028, mas, até lá, nada de Andretti no grid, com a justificativa de que talvez não exista ali competitividade suficiente no projeto.

De toda maneira, é mais uma resposta firme da F1 contra uma 11ª equipe no pelotão, mas, principalmente, uma categoria que perdeu o medo de bater de frente com a FIA. A relação entre Liberty Media/F1 e FIA, aliás, nunca esteve tão ruim. As partes quase não falam mais a mesma língua.

Quem pensava que a Red Bull passaria ilesa de tudo pela falta de participação no movimento feito por Hamilton e Ferrari, se enganou. Os austríacos se enfiaram em outro tumulto, muito mais sério e que são figuras centrais: o chamado ‘Caso Horner’.

Chefe da equipe desde sempre na F1, Christian Horner passa por uma investigação interna delicadíssima em que Ford, FIA, rivais e a própria F1 já se manifestaram pedindo resolução. Ainda que nada seja oficial sobre a origem do procedimento, o jornal holandês De Telegraaf fala em um caso de assédio sexual com tentativa de compra do silêncio da vítima, uma funcionária do time.

Assim, a Red Bull tem essa questão seríssima para solucionar nos próximos dias, enquanto se vê pressionada de todos os lados por uma resposta. É essa situação com Horner, aliás, o que mais pode abalar um time que parece tão pronto para levar mais um título dominante.

O GRANDE PRÊMIO publica nesta semana um guia completo de tudo que é preciso saber sobre a temporada 2024 da Fórmula 1, que começa no próximo fim de semana, entre os dias 29 de fevereiro e 2 de março, com o GP do Bahrein. O GRANDE PRÊMIO transmite classificação e corrida em segunda tela, em parceria com a Voz do Esporte, na GPTV, o canal do GP no Youtube. Além disso, debate tudo que aconteceu na pista com o Briefing após cada dia de atividade.

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!

🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.