Steiner vê Red Bull forte em 2025 “com ou sem Newey”, mas alerta para “médio e longo prazo”
Ex-chefe da Haas na Fórmula 1, Guenther Steiner ainda disse que ficou surpreso ao saber que Adrian Newey está disponível para começar a trabalhar por outra equipe já no início de 2025
Guenther Steiner pode até ter deixado o cargo de chefe de equipe na Haas, mas o italiano tem sido presença carimbada no paddock da Fórmula 1 durante as primeiras corridas da temporada 2024. Após atuar como embaixador do GP de Miami, realizado no último fim de semana, ele também decidiu falar o que pensa sobre a principal notícia da semana passada na categoria: o anúncio da saída de Adrian Newey da Red Bull.
A crise interna na equipe comandada por Christian Horner tem causado desconforto nos membros da escuderia, e pode, inclusive, ter sido um dos fatores que motivaram a saída de Newey. Ainda sem destino definido, o projetista fica até o começo do ano que vem em Milton Keynes, mas fora do time da F1, cuidando apenas do projeto do hipercarro RB17.
O fato de Adrian não ter de cumprir o chamado período de carência — inatividade obrigatória imposta no contrato de alguns funcionários antes que possam começar a trabalhar em uma nova equipe — surpreendeu Steiner. O italiano ainda afirmou que a Red Bull não será afetada pela falta do experiente engenheiro, pelo menos não no curto prazo.
“O que me surpreendeu é que ele pode trabalhar para outra equipe já no próximo ano, acho que estamos todos surpresos com isso”, disse Guenther em entrevista ao portal neerlandês RacingNews365.
“A Red Bull terá um bom carro em 2025 com ou sem Adrian. Ele mudará o carro em 2025 caso ele entre em alguma outra equipe no próximo ano? Não. Mas é 2026 que me interessa. No curto prazo está claro o que está acontecendo”, continuou Steiner, se referindo ao atual domínio da esquadra dos energéticos na classe rainha, que, de acordo com o ex-dirigente, deve continuar.
Em 2026, porém, um novo regulamento entra em vigor na F1 e, por isso, Steiner acredita que a situação pode ser diferente. “No médio e longo prazo, trata-se de saber quem estará em qual lugar daqui a dois ou três anos. Isso é o que é necessário agora na F1, com todos os investimentos e pessoas, porque tudo é focado no longo prazo”, explicou.
Algumas equipes, como a Williams e a Aston Martin, já declararam publicamente o interesse em contar com Newey a partir da próxima temporada, enquanto que outras, como Ferrari e Mercedes, apesar de serem mais discretas, já deram algumas pista de que seria uma honra contar com o ‘mago da aerodinâmica’. Entre elas, a escuderia comandada por Frédéric Vasseur, e que terá Lewis Hamilton em 2025, parece ser a favorita, e Steiner não parece estar surpreso.
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“É um pouco parecido com a situação do Lewis [Hamilton], que me surpreendeu, mas fiquei chocado? Não. Adrian esteve lá [na Red Bull] por muito tempo, e é apenas uma das coisas que se somou às demais que aconteceram no início do ano — não sei os detalhes, talvez haja algum atrito por lá”, sublinhou Guenther.
“Ele apenas decidiu que quer fazer outra coisa antes de se aposentar, porque ele ainda é bom. Acho que ele se encaixaria [na Ferrari], mas não sei em qual função. Não sei se ele quer trabalhar o ano inteiro, ou apenas dar ideias de conceito e coisas assim, mas acho que ‘Fred’ [Vasseur] faria ele se encaixar de alguma forma. E, obviamente, trabalhar com Lewis seria uma coisa muito legal de se fazer, para ambos”, finalizou Steiner.
A Fórmula 1 retorna de 17 a 19 de maio com o GP da Emília-Romanha, no circuito de Ímola.
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