5 coisas que aprendemos no GP de Mônaco, 6ª etapa da Fórmula 1 2023

O GP de Mônaco mais movimentado dos últimos anos contou com a chuva para incendiar uma parte da prova deste domingo (28). Mas mesmo antes, durante ou após a chuva, Max Verstappen jamais foi ameaçado de fato. O líder do campeonato deu mais um passo na caminhada rumo ao aparentemente inevitável tricampeonato e conquistou a quarta vitória no ano, 39ª na F1.

Fernando Alonso parecia que atacaria, principalmente na largada, porque era a grande oportunidade de derrotar a Red Bull em 2023. Mas Max largou bem, evitou ataque e seguiu. A distância para Alonso sempre ficou segura, ainda que não fosse grande: entre 6s e 11s. Como o holandês largara de pneus médios contra duros de Alonso, foi um esforço evitar o pit-stop por mais de 50 voltas, muito após todo mundo que partiu de médios ter parado. Mas resistiu até a chuva, quando a Aston Martin teve a chance de ouro de fazer diferente, mas se enrolou, colocou outro jogo de slicks em Alonso e precisou parar de novo. Aí, as coisas ficaram tranquilas. Verstappen desfilou até o fim de pneus intermediários.

Esteban Ocon conseguiu manter o terceiro lugar, mesmo sem jamais se aproximar de Alonso. O grande feito foi evitar as ultrapassagens de Carlos Sainz, que quase acabou com a corrida dos dois em dado momento ao quebrar a asa dianteira na traseira do francês. Depois, ficou possesso ao voltar dos boxes ainda atrás dele. Sainz erraria mais tarde, na chuva, para estragar a própria corrida, mas Ocon garantiu o pódio.

Além de Sainz, George Russell, Sergio Pérez e Lance Stroll tiveram momentos muito complicados na prova. Foi um GP de Mônaco, no fim, de algumas belas atuações, mas outras tantas nada inspiradas.

Diante deste cenário, o GRANDE PRÊMIO aponta cinco coisas que aprendemos na sexta etapa da F1 2023, em Mônaco:

Seco? Verstappen. Chuva? Verstappen também

Verstappen é imbatível em 2023 e ponto final. As derrotas cada vez mais parecem pontos fora da curva de alguém que é muito certeiro e que sabe fechar portas como ninguém. Em Mônaco, namorou muito o muro, raspou, até tocou lá, mas tudo dentro do controle. Ah, e chuva, né? Quando veio, Max brilhou, como sempre, fugiu na frente de vez.

Aston Martin e Alonso vacilam na hora H. Bonde pode ter passado

Alonso teve mais uma grande atuação técnica e isso não se discute. Bem no seco, bem no molhado, o tempo todo firme. Fica o porém para a largada mais conservadora do que deveria e, principalmente, da falha na hora de chamar a responsabilidade para botar os pneus intermediários. Quando colocou os médios de novo, com a pista já bem molhada, jogou a chance de dar o bote fora.

Espiral de dupla da Ferrari só piora. E Sainz vai muito mal de novo

Leclerc foi apático, sofreu no seco e na chuva, mas ainda chegou na frente de Sainz. E como? Bom, o espanhol fez o possível para ficar atrás, né? Bateu, bateu, errou, errou, fez tudo e repetidas vezes. Ainda teve problemas na estratégia, mas, sinceramente, a equipe foi o de menos hoje. A atuação de Carlos foi toda errática e ter chegado ao fim cruzando a linha de chegada já foi meio milagre.

Mercedes salva bons pontos, mas Russell é ponto baixo do fim de semana

A Mercedes teve uma atuação apenas ok com o pacote de atualizações no renovado W14, mas Russell simplesmente não foi bem. Esteve perdido nos treinos livres, sofreu na classificação e, na corrida, tinha tudo para ser oitavo em condições normais. Aí a chuva caiu do céu – literalmente – e abriu caminho para o pódio na base da tática, da parada única. Aí o inglês errou, fez besteira em bandeira amarela e complicou tudo. Quinto lugar ficou até barato.

Alpine se mete de novo na ‘F1 A’ com ótima dupla. E aproveita fiasco de Pérez e Stroll

Ocon foi o nome do fim de semana e pegou um merecidíssimo pódio, mas Gasly foi outro que andou muito bem. Com ritmo parecido, no meio das equipes principais, bem de verdade. Em contrapartida, além de Sainz e Russell, Pérez e Stroll ajudaram muito a Alpine. O mexicano e o canadense pareciam brincando de pinball, era pancada atrás de pancada, coisa assustadora de falta de controle ali. Não surpreende que os dois sejam elos tão mais fracos que seus companheiros, né?

A Fórmula 1 volta já na semana que vem, entre os dias 2 e 4 de junho, com o GP da Espanha, em Barcelona, sétima etapa da temporada 2023. E o GRANDE PRÊMIO acompanha tudo.

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