Audi vê motor para 2026 “progredindo bem”, mas coloca rivais em vantagem na F1

De acordo com Mattia Binotto, a Audi larga em desvantagem contra as rivais já "estabelecidas e experientes" na Fórmula 1. Por isso, de acordo com ele, a equipe espera começar a temporada 2026 um passo atrás

Contratado há pouco mais de dois meses para assumir os cargos de diretor operacional e diretor-técnico — e, de maneira interina, chefe de equipe enquanto Jonathan Wheatley não chega —, Mattia Binotto mostrou otimismo ao falar sobre o processo de desenvolvimento da unidade de potência da Audi para a temporada 2026. O italiano, porém, admitiu que a escuderia das quatro argolas deve começar a nova era da Fórmula 1 um passo atrás das rivais.

A montadora alemã está na fase final de negociações para assumir por completo as operações da Sauber já no próximo ano. Para se certificar de que a participação na classe rainha faça jus à história vitoriosa que a marca já possui no automobilismo, grandes investimentos estão sendo feitos na contratação de nomes importantes como os de James Key, na função de diretor-técnico, Stefan Strähnz, como diretor do programa da equipe na F1Gernot Döllner, como diretor-executivo, e, mais recentemente, Wheatley, que trabalha como diretor-esportivo da Red Bull. Quanto aos pilotos, apenas Nico Hülkenberg foi confirmado até então, com Valtteri Bottas, Gabriel Bortoleto e Franco Colapinto na disputa pela segunda vaga.

Em relação à infraestrutura, a empresa vem trabalhando na modernização de equipamentos e também na expansão de suas bases na Alemanha, em Donau e Neuberg. A segunda, inclusive, é onde o projeto do motor para o novo regulamento da categoria, que entra em vigor daqui a pouco mais de um ano, está sendo desenvolvido. Binotto garantiu que bate o ponto com frequência no local e falou um pouco sobre todo o processo que está acontecendo por lá.

“Tenho visitado Neuberg nos últimos dias e semanas. O motor está progredindo bem, funcionando no dinamômetro, e uma boa distância já foi percorrida”, disse em entrevista ao portal neerlandês RacingNews365. “Mas acredito que também se trate de um processo de aprendizagem”, continuou, apontando para a grande concorrência que a Audi espera encontrar quando os carros forem à pista em 2026.

Audi ingressa no grid da F1 em 2026 (Foto: Audi)

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“Estamos competindo com outras organizações onde as fabricantes já estão estabelecidas. Certamente, toda experiência é muito importante e válida. Então, embora eu ache que a organização [em Neuberg] seja ótima, as instalações sejam ótimas e os programas estejam avançando, ainda há uma curva de aprendizado que precisa ser feita. Então, espero ter uma lacuna para fechar no início. Quão grande ela será, acho que não dá para saber agora. Só conseguiremos entender quando estivermos na pista”, apontou.

Além da Audi, as outras fabricantes que se inscreveram para participar do novo regulamento foram a Mercedes, Ferrari, Red Bull-Ford e Honda. A Renault, que atualmente fornece unidades de potência para a Alpine, ainda não tomou uma decisão sobre a continuidade na categoria.

“Mas temos mais de um ano daqui até lá. Há um programa intenso sendo desenvolvido nos dinamômetros e será nossa tarefa garantir que possamos aplicá-lo, acelerando o máximo que pudermos, mas tentando ser o mais competitivos possível no início de 2026”, finalizou Binotto.

Fórmula 1 agora só volta entre os dias 18 e 20 de outubro para o GP dos Estados Unidos, em Austin.

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