Sainz deixa Mônaco frustrado e lamenta “retardatário que custou vitória”

Carlos Sainz chegou em segundo lugar — mesma posição em que largou — no GP de Mônaco, disputado neste domingo (29) nas ruas de Monte Carlo. E em uma corrida caótica, marcada por uma interrupção no início, nova bandeira vermelha em batida de Mick Schumacher e alternância de condições no asfalto — do molhado para o seco —, a manutenção da posição de largada poderia ser considerada um bom resultado. Mas não para o piloto da Ferrari.

Sainz chegou a assumir a liderança da corrida em determinado momento e teve a oportunidade de brigar pela vitória, mas viu Sergio Pérez voltar à sua frente após ir aos boxes e não conseguiu retomar o primeiro lugar ao longo da disputa. Na opinião do espanhol, o atraso sofrido por um retardatário na volta de saída do pitlane fez com que não fosse possível superar o mexicano — o que trouxe um sentimento de desilusão após a prova.

“Foi mesmo [uma corrida maluca], mas sinto que fizemos tudo que podíamos fazer”, disse. “Tivemos paciência com os pneus de chuva, tomamos a decisão certa de manter até trocar pelos de pista seca. E ficar preso atrás de um retardatário me custou a vitória hoje. Você consegue entender a frustração, porque uma volta de saída [dos boxes] rápida me daria a vitória hoje. Mas é assim que o esporte funciona às vezes”, lamentou um frustrado Sainz.

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O piloto da Ferrari foi o primeiro a comunicar a equipe pelo rádio que seria melhor trocar os pneus de chuva pelos slicks, sem passar pelos intermediários. Para isso, teria que ficar mais tempo na pista, até que ela secasse o suficiente. Sainz vê a decisão acertada por parte da Ferrari — que errou com Leclerc — e novamente lamentou a presença do retardatário que o teria atrasado e causado a perda da liderança.

“Sim, eu vi quando fomos chegando na metade da corrida que havia uma linha seca e percebi que iríamos direto para os slicks”, afirmou. “Acho que tomamos a decisão certa, já que estávamos basicamente liderando a corrida. Paramos para colocar os pneus duros, que é claro, nunca são os melhores em uma volta de saída”, destacou.

“Mas aí eu tive que fazer 12 curvas, algo assim, atrás de um retardatário e isso me custou pelo menos alguns segundos e custou a vitória”, reclamou. “Enfim, não vou reclamar muito. Eu sei que esse esporte é assim. ‘Checo’ [Pérez] teve azar em Jedá, hoje fez uma grande corrida e teve sorte comigo. Essas coisas mudam, assim”, continuou.

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Por fim, Sainz admitiu que não havia muitas possibilidades de atacar o líder Pérez nos instantes finais da corrida, no momento em que todos já utilizavam pneus para pista seca. O espanhol lamentou o desgaste dos pneus e disse que tinha dificuldades na saída das curvas, perdendo em relação ao mexicano — ainda que conseguisse sempre se reaproximar.

“Dá para ver que eu tive muito desgaste também, principalmente nos pneus traseiros. Isso tornou a saída da entrada do túnel mais difícil de me aproximar. Em alguns momentos, estive muito perto de conseguir fazer algum movimento, mas ainda havia uma parte molhada na parte de dentro e ‘Checo’ estava freando bem tarde, então se eu fizesse o mesmo, teria tirado ele da corrida junto comigo”, finalizou.

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