Cláusula que libera Verstappen da Red Bull foi adicionada sem conhecimento de Horner

De acordo com o site da revista inglesa Autosport, fontes internas da Red Bull revelaram que a cláusula que permite a Max Verstappen deixar a equipe diante de uma possível saída de Helmut Marko não fazia parte do documento original assinado em 2022

A novela que virou os bastidores da Red Bull e a queda de braço entre os Verstappen e Christian Horner ganharam ainda mais tempero. A cláusula contratual que libera Max do acordo vigente diante de uma eventual saída de Helmut Marko da equipe não fazia parte do documento original assinado em 2022, sendo incluída sem o conhecimento do dirigente britânico.

A informação é do site da revista inglesa Autosport desta segunda-feira (18). A equipe taurina vive dias conturbados desde que veio à tona a investigação interna sobre Horner, acusado por uma funcionária de “conduta inapropriada”, porém inocentado das alegações.

O veredito, no entanto, não foi suficiente para acalmar o clima na Red Bull “prestes a rachar”, segundo Jos Verstappen. Para completar, foi a vez de Marko ficar na mira da equipe austríaca por ser o suspeito de ter vazado à imprensa as informações confidenciais relacionadas ao caso.

Mas a maior surpresa veio da parte do tricampeão. Verstappen surpreendeu ao admitir que deixar a Red Bull seria uma possibilidade diante de uma eventual saída do consultor, a quem Max declarou abertamente “lealdade”. O site neerlandês RacingNews365.com, então, publicou artigo esclarecendo que há uma cláusula no contrato do #1 que o libera se Marko sair da equipe.

Christian Horner não sabia da cláusula de Verstappen, segundo a Autosport (Foto: Red Bull Content Pool)

A questão, no entanto, é que o adendo no documento assinado em 2022 e que vale até o fim da temporada 2028 foi posto sem o conhecimento de Horner, revelou a Autosport. Segundo a publicação, Marko pôde fazer isso unilateralmente com os Verstappen por ser um dos dois diretores da Red Bull Racing, o que permite ao consultor atuar em nome da equipe.

Ainda na Arábia Saudita, Helmut assegurou a permanência na equipe após reunião com o CEO da marca, Oliver Mintzlaff. A Red Bull não quis comentar o caso em torno da cláusula contratual de Verstappen, porém Horner deixou claro à imprensa que “não impedirá se Max quiser sair“.

“É como tudo na vida: não se pode forçar alguém a estar em algum lugar só por causa de um pedaço de papel. Se alguém não quisesse estar nesta equipe, não o forçaríamos a ficar contra a vontade. Isso se aplica quer seja um operador de máquina, um projetista ou alguém em uma das funções de apoio na empresa”, disse na ocasião.

“Estar em uma equipe como esta envolve comprometimento e paixão. Max tem isso. Já vimos isso, ele está aqui desde os 18 anos. Não tenho dúvidas quanto ao comprometimento e a paixão dele no futuro”, encerrou Horner.

O caso ainda promete mais desdobramentos. A funcionária que acusou Horner e foi afastada da Red Bull apresentou uma queixa sobre o caso à Federação Internacional de Automobilismo (FIA), de acordo com a emissora britânica BBC. Em nota, a entidade informou que “as consultas e reclamações são recebidas e gerenciadas pelo responsável pelo departamento de compliance e pelo comitê de ética, quando apropriado”, por isso “não podemos confirmar o recebimento de qualquer reclamação específica e é improvável que possamos fornecer mais comentários sobre as queixas que possamos receber de quaisquer partes”.

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