F1 vive missão quase impossível: ficar mais interessante dentro do que fora das pistas

Por motivos diferentes, a F1 2024 tem caminhado fortemente para ser a temporada do caos nos bastidores e do marasmo dentro da pista. Fora disso tudo, um Max Verstappen irretocável que marcha sereno para o tetra em meio a uma Red Bull incendiada

O GP da Austrália é apenas a terceira etapa da longuíssima temporada 2024 da F1, mas já tem cara de final. Não pela disputa de título, que parece encaminhada desde antes do campeonato em favor de Max Verstappen e da Red Bull, mas pelos rumos que a competição pode tomar.

A verdade é que, em duas etapas, há pouquíssimo a ser destacado de forma positiva dentro da pista, isso em dois traçados que são, no mínimo, interessantes: um quase sempre ótimo do Bahrein e outro traiçoeiro e veloz da Arábia Saudita. Em 2024, assim como em 2023, simplesmente não funcionaram.

A pista ‘de parque’ em Melbourne apresenta uma oportunidade nova para a F1 2024 se fazer vingar, convencer. É um traçado com características diferentes dos dois anteriores, os muros próximos, a área de escape mínima, a mescla de trechos de alta e de baixa. A possibilidade do caos, em resumo.

É que depois de tanta monotonia que vem desde a temporada passada, é no caos que a categoria precisa se apegar para sonhar com boas corridas, com alternativas, disputas mais acirradas. Em 2024, ainda apareceu o abismo maior entre ‘F1 A’ e ‘F1 B’, isso sem contar que a Red Bull abriu mais vantagem e a Ferrari também se descolou de suas rivais. Não é um bom cenário.

Max Verstappen sobra em um ano em que a Red Bull implode (Foto: AFP)

A etapa na Austrália, então, traz a promessa de caos como possibilidade de agito, mas também o tipo diferente de traçado como um alento para os times que começaram o ano tão atrasados. Mercedes e McLaren, por exemplo, podem sofrer menos do que nas retas longas da Arábia Saudita. E quem sabe Haas e companhia não se aproximam um pouquinho?

Fato é que a F1 2024 caminha fortemente para se tornar a temporada do tetra de Verstappen, claro, do domínio total do gênio neerlandês, mas também de um ano muito mais quente fora do que dentro das pistas. Mas muito mais mesmo.

É Andretti vetada pela F1, Lewis Hamilton de partida para a Ferrari, escândalos com presidente da FIA e, claro, o ‘Caso Horner’. A investigação do chefe da Red Bull, no fim das contas, é o fio que puxa uma série de bombas dos bastidores da categoria, que vão da denúncia da vítima em si até a possibilidade de idas de Adrian Newey e até de Verstappen para rivais.

A missão da F1, assim, tornou-se quase que impossível: como superar o exterior tão quente com corridas tão frias? A sensação de momento é que o fim de semana de treinos, classificação e corrida virou coadjuvante diante do que acontece nas entrevistas e nos bastidores. Isso não é bom.

Fórmula 1 volta entre os dias 22 24 de março com o GP da Austrália, terceira etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do fim de semana.

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