Fantasma de Ricciardo toma forma com AlphaTauri e assombra Pérez na Red Bull

Quem perdeu a vaga no meio da temporada foi Nyck de Vries, mas Sergio Pérez tem todos os motivos do mundo para também se sentir ameaçado com a volta oficial de Daniel Ricciardo ao grid da F1

Sergio Pérez está cada vez mais na panela de pressão na Red Bull. Diante de resultados muito ruins desde o GP de Miami, o mexicano tem sido constantemente questionado e até internamente já perdeu bastante prestígio nos últimos meses. Mas tudo piorou drasticamente nesta terça-feira (11).

É que Daniel Ricciardo foi anunciado na vaga de Nyck de Vries e, assim, um fantasma que sempre esteve lá, mas adormecido, acordou. E agora parece questão de tempo até que a troca aconteça. Daniel, no fim das contas, nem fez a reestreia ainda e já parece mais opção que Checo para 2024 na Red Bull.

Sejamos sinceros aqui: quando Ricciardo, pouco depois de ser limado após péssima passagem pela McLaren, assinou com a Red Bull para ser reserva/piloto de testes/ocupante de cargo misterioso, já se sabia que tinha algo ali. Não era um retorno despretensioso, sem propósito. Era um primeiro sinal de que Pérez estava em risco, isso sim.

E não dá muito para contestar os motivos disso estar acontecendo. Checo vem em uma sequência grotesca de cinco corridas sem chegar ao Q3, foi menos à sessão que decide a pole em 2023 do que pilotos como Nico Hülkenberg, Pierre Gasly, Esteban Ocon e Lando Norris. Todos bons pilotos, claro, mas que andam em carros não mais que medianos. Enquanto Pérez tem o melhor dos equipamentos em mão. Possivelmente um dos melhores da história.

Mesmo em segundo no Mundial de Pilotos, o mexicano não merece qualquer elogio por isso. É simplesmente a obrigação, diante de tamanha disparidade em relação ao resto do grid, com rivais tão cambaleantes, equipes tão perdidas. O que pega de verdade é estar 99 pontos atrás de Max Verstappen com apenas dez corridas disputadas. O cara leva quase 10 pontos de desvantagem no lombo em média por prova. Uma loucura.

Sergio Pérez vive um dos piores momentos da carreira em 2023 (Foto: Red Bull Content Pool)

Pérez caminha a passos largos para ter a maior desvantagem para um companheiro de equipe em pontos na história da F1 e sabe que 2023 deve ser seu último ano na Red Bull. No fim das contas, nem tem do que se queixar, já que nomes como o de Gasly e Alex Albon foram descartados da equipe por muito menos. Em menos tempo, com equipamentos absolutamente inferiores. Checo foi poupado por Helmut Marko e companhia para chegar até aqui.

A coisa muda de figura agora que Ricciardo assume a vaga de De Vries na AlphaTauri. Se o australiano fizer o básico do básico, com o histórico que tem na Red Bull, por tudo que já construiu lá e diante de uma escassez forte de pilotos nas bases da marca de energético e de tanta oscilação de Pérez, a troca parece garantida para 2024.

Checo, de carreira muito respeitável na F1, especialmente nos anos de Force India/Racing Point e de Sauber, viveu dois anos incomuns de paz na Red Bull mesmo levando uma surra de Verstappen. Agora, porém, tem um fantasma que vai o assombrar pelos próximos meses. Um fantasma sorridente, mas nada inofensivo. A chapa esquentou para o brioso mexicano.

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