Alonso ataca e diz que punição em Miami foi “incompetência dos comissários”

A segunda punição sofrida no GP de Miami e que custou dois pontos ainda não foi digerida por Fernando Alonso. Durante a coletiva de imprensa desta sexta-feira (20) em Barcelona, que recebe a sexta etapa do Mundial de Fórmula 1, o espanhol voltou a se manifestar contra o que chamou de “incompetência dos comissários”.

Alonso recebeu duas punições na corrida americana. A primeira foi decorrente de um toque em Pierre Gasly, que acabou causando avarias na AlphaTauri e terminou com safety-car após batida do francês em Lando Norris. Porém, mesmo com 5s a mais na conta, o bicampeão aparecia em nono, voltando enfim a marcar pontos. Só que a direção de prova, analisando imagens após a corrida, considerou que Alonso tinha cometido outra infração ao sair da pista na curva 14 e ganhar vantagem ao retornar. Foram mais 5s acrescidos ao seu tempo final.

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“Acreditamos que foi algo muito injusto e incompetência dos comissários”, disse Alonso ao ser questionado sobre o acontecimento, completando, em seguida, que “eles não foram muito profissionais em Miami”.

A principal reclamação da Alpine é pelos comissários terem se baseado apenas nas imagens da corrida para determinar a aplicação da penalidade, sem pedir dados da telemetria e tirando do time francês a chance de recorrer da decisão, algo permitido pelo regulamento.

Alonso também não ganhou nenhum tipo de vantagem significativa, uma vez que permaneceu onde estava. “Eles tomaram a decisão sem pedir nenhuma prova. Após a corrida, levamos todos os dados dos tempos de volta, e eles estavam fazendo as malas. Nem estavam mais na sala.”

“Quando chegamos lá, eles disseram ‘deem-nos cinco minutos’, e aí se viraram de mãos atadas, provavelmente porque já haviam emitido a punição e não sabiam como mudar o documento”, disparou.

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Para o GP da Espanha, a FIA confirmou Eduardo Freitas como diretor de prova no lugar de Niels Wittich, cumprindo o revezamento que a entidade pretende fazer ao longo da temporada 2022 após a saída de Michael Masi. Alonso ressaltou que o cargo exige um conhecimento mínimo de corridas e acredita que o português pode desempenhar um bom papel devido à experiência que possui.

“Sei que há um novo diretor de corrida aqui. Acho que Freitas tem muita experiência com o WEC e outras categorias de alto nível, então acredito que isso já vai melhorar as coisas”, disse.

Os pilotos reclamaram bastante da postura da direção de prova após os acidentes de Carlos Sainz e Esteban Ocon no treino livre e classificação em Miami, dizendo que a FIA precisa escutá-los mais. “Nós pressionamos para ter uma barreira de pneus naquele ponto ou TecPro, e ninguém fez nada. Então, quando você não tem esse conhecimento acerca de corridas, é difícil falar.”

“Foi muito ruim. Honestamente, já é passado, mas é algo que não deveria acontecer na F1, tendo em vista os profissionais e os padrões que ela possui agora”, encerrou.

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