Alonso diz que punição na Austrália foi “um pouco surpreendente” e culpa curva 6

Fernando Alonso preferiu não entrar em polêmicas, mesmo deixando claro que não concorda com a punição recebida. O espanhol avaliou que o problema não foi a manobra, mas a curva 6

Fernando Alonso descartou mudar o estilo de pilotagem na esteira do que classificou uma punição “um pouco surpreendente” no GP da Austrália. Sem querer entrar em polêmicas, o titular da Aston Martin negou que tenha feito algo errado e apontou uma série de incidentes na curva 6 ao defender que o problema não foi a pilotagem.

Alonso e George Russell disputavam a sexta colocação quando o britânico perdeu o controle na curva 6 da última volta e ficou com o carro atravessado no meio da pista. O lance gerou pavor no piloto da Mercedes, que implorou pela bandeira vermelha por conta do alto risco de um acidente ainda pior.

Logo após a corrida, Alonso foi investigado por um suposto brake-test — que é quando o piloto desacelera deliberadamente na reta. Os comissários da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) apontaram uma “manobra incomum” e somaram 20s ao tempo de prova do bicampeão da F1.

Questionado se as regras sobre defesa de posição estavam claras após o GP da Austrália, Alonso respondeu: “Estava claro. E ainda acho que está claro. A punição de Melbourne que foi um pouco surpreendente. Não há nada que possamos fazer, temos de aceitar, seguir em frente e concentrar aqui. Mas acho que não vai mudar muito a maneira como guiamos e como abordamos as corridas”.

Fernando Alonso segue sem concordar com a punição (Foto: Aston Martin)

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“Não há obrigação de guiar da mesma maneira nas 57 voltas. Às vezes, temos um ritmo mais lento, para economizar combustível, para poupar bateria. E, às vezes, vamos mais lentos nas curvas ou em alguns setores da pista para dar o DRS ao carro de trás, pois isso pode ser uma ferramenta útil caso o carro de trás tenha um ritmo mais rápido”, ponderou. “Todas essas coisas são completamente normais. Era, é e sempre será no esporte a motor. Então temos uma punição, provavelmente única, que nunca mais aplicaremos”, seguiu.

Alonso, contudo, disse ter “100%” de que o desfecho da análise dos comissários teria sido diferente se Russell não tivesse batido.

“Se estivesse em Abu Dhabi, com a área de escape de asfalto ou o que quer que seja, acho que George voltaria para a pista alguns metros depois e tentaria me atacar na volta seguinte ou na reta seguinte. E não seria nenhum problema”, analisou.

O piloto da Aston Martin avaliou, também, que o incidente ficou maior por causa das barreiras na curva 6, que acabaram por lançar Russell de volta para a pista.

“O grande ponto é a curva 6 na Austrália. No momento, nãoi é a curva mais segura da pista. Vimos um acidente com o Alex [Albon] no ano passado e neste ano no treino livre, que danificou o chassi”, recordou. “Também na Fórmula 2, acho que Dennis [Hauger] bateu lá também. E George, obviamente, na corrida. Isso, provavelmente, é um ponto mais importante para o próximo ano do que o que o piloto na minha frente poderá fazer ou não, desde que eu não precise fazer uma ação para evadir ou o que quer que seja para evitá-lo, o que não foi o caso”, comentou.

“Este foi o meu ponto depois da Austrália e ainda é. Vou seguir em frente. Não quero falar muito disso”, acrescentou.

Por fim, Fernando deixou claro que o que mais o irritou foi o fato de ter sido punido, não o tamanho da pena em si.

“Foi a maior punição da temporada em termos de tempo de volta, o que é estranho, mas o fato de ter sido punido [é o principal problema]”, encerrou.

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