Ferrari, Hamilton e Alonso: Newey revela arrependimentos em carreira lendária na F1

Adrian Newey, diretor-tecnico da Red Bull e lendário projetista da Fórmula 1, revelou algumas das coisas que gostaria de ter feito na carreira laureada

Poucas pessoas na história podem se vangloriar de tão bem-sucedida carreira na Fórmula 1 quanto Adrian Newey, lendário projetista e que, desde 2006, é diretor-técnico da Red Bull. Mas até mesmo Newey, responsável por carros campeões na Williams e McLaren, bem como na Indy, além da Red Bull, tem lamentações por coisas que gostaria de ter feito.

No topo da lista de Newey está o fato de jamais ter conseguido trabalhar pela Ferrari ou de atuar ao lado com dois dos grandes pilotos da Fórmula 1 desde a virada do século: Lewis Hamilton e Fernando Alonso.

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Questionado sobre se tem arrependimentos por nunca ter trabalhado na Ferrari, respondeu e ainda expandiu, deixando claro que gostaria de ter trabalhado com os pilotos.

“Emocionalmente, acho, sim. Até certo ponto”, respondeu ao podcast Beyond the Grid, da própria F1, sobre jamais ter trabalhado em Maranello. “Mas tanto quando isso, trabalhar com Fernando [Alonso] e Lewis [Hamilton] teria sido fabuloso. Nunca aconteceu… São as circunstâncias. Às vezes, funciona assim”, apontou.

Além disso, explicou em mais detalhas as vezes em que passou perto de vestir o vermelho da Ferrari.

Newey já projetou carros vencedores para Williams, McLaren e Red Bull na Fórmula 1 (Foto: Red Bull Content Pool)

“[A Ferrari] fez uma abordagem nos meus tempos de Indy, o que provavelmente não conta, depois de novo em 1993 e 2014. A de 1993 foi muito tentadora”, contou. “Fui até lá. Jean Todt tinha acabado de começar [como chefe de equipe]. Lembro dele falando sobre se deveria contratar Michael [Schumacher] ou não. Será que foi uma boa ideia?”, brincou.

Só que Newey tinha acabado de se casar tempos após um divórcio, que creditava, em parte, ao tempo dividido entre Inglaterra e o trabalho com a March, nos Estados Unidos. Por isso, recusou. O entrevistador questionou se ele aceitaria caso a Ferrari abrisse um escritório na Inglaterra, lembrando o pedido de John Barnard anos antes.

“Nunca perguntei isso a eles e também não acredito. Se você vai trabalhar lá, a Ferrari é um time italiano. Não acredito na ideia de ter uma fábrica num país e o escritório de design em outro. E sei que temos uma equipe menor [AlphaTauri] que se divide entre Itália e Inglaterra”, seguiu.

Depois, nas conversas de 2014, Newey considerou sair da Red Bull não pela equipe, em si, mas por conta das dificuldades com o motor do início da era híbrida.

“Foram conversas nascidas de pura frustração. Não queria sair [da Red Bull], mas estávamos numa posição em que a Renault não tinha sido capaz de produzir um motor híbrido competitivo. Isso acontece no primeiro ano de novas regras, tudo bem. Todos cometemos erros”, lembrou.

“Mas, aí, fui ver Carlos [Ghosn, antigo CEO da Renault]. Christian [Horner], Helmut [Marko] e eu fomos tentar pressionar para aumentar o orçamento deles. Ghosn respondeu que não tinha interesse em F1 e que só estava no esporte porque o pessoal de marketing dizia que devia estar. Foi deprimente”, contou.

A Fórmula 1 retorna na semana que vem, entre os dias 6 e 7 de outubro, com o GP do Catar, em Lusail, 17ª etapa da temporada 2023.

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