FIA oferece acordo para quebra do teto de gastos e deixa decisão nas mãos da Red Bull

A FIA ofereceu uma proposta de acordo confidencial para a Red Bull a respeito da quebra do teto de gastos cometido pela equipe na temporada 2021 da F1. A informação é do jornalista Andrew Benson, da rede britânica BBC, que informou nesta quinta-feira (20) que, agora, a decisão está nas mãos dos austríacos, em acatar os termos ou arrastar para uma decisão em júri.

Assim, espera-se que a Red Bull faça uma coletiva na manhã de sexta-feira, antes do início das atividades de pista em Austin, esclarecendo a quebra do teto e também já dando caminhos para eventuais punições. Os termos de confidencialidade do acordo lembram a decisão que a entidade tomou em 2019, quando julgou que o motor da Ferrari estava fora do regulamento.

A Red Bull reagiu muito mal aos boatos de que teria furado o teto, antes da confirmação oficial. Christian Horner, chefe da equipe, falou em “difamação”, enquanto que o consultor Helmut Marko atacou a Mercedes e disse que a rival “não superou” a perda do título da temporada passada.

Quando veio a divulgação da infração pela FIA, o time austríaco falou em “surpresa” e “decepção”, alegando ainda que algum erro de cálculo foi cometido, já que as contas indicavam tudo dentro dos padrões estipulados pela entidade.

A quebra no teto de gastos

A FIA confirmou, depois de alguns dias de rumores e da própria entidade os negando, que Red Bull e Aston Martin cometeram infrações relacionadas ao teto de gastos previsto para a temporada 2021 da F1. Segundo informação do jornal holandês De Telegraaf, a justificativa para a violação financeira da Red Bull não teria envolvimento com o desenvolvimento do carro, e o erro teria acontecido em questões de alimentação e ausências por doenças na fábrica da Red Bull. Alguns funcionários da equipe não são cobertos pelo teto orçamentário, enquanto outros sim.

“A revisão dos documentos enviados foi um processo intenso e todos os competidores deram seu apoio completo para prover as informações necessárias para avaliar suas situações financeiras durante este primeiro ano de regulamento financeiro. A Administração do Teto de Gastos da FIA nota que todos os competidores sempre agiram em espírito de boa fé e cooperação durante o processo”, afirmou a Federação em nota.

A Aston Martin não gastou mais que o teto. Entende-se que houve um descumprimento processual relacionado a uma série de protocolos administrativos de contabilidade, resultado de variações na interpretação regulatória. Outra informação divulgada pela FIA é que a Williams teve uma quebra de procedimento prévia, mas entrou em acordo com a Administração do Teto de Gastos em maio de 2022.

A polêmica tomou conta do fim de semana do GP de Singapura, vencido pelos taurinos com Sergio Pérez, quando a revista alemã Auto Motor und Sport revelou que a FIA investigava a possibilidade de Red Bull e Aston Martin terem ultrapassado o limite de US$ 145 milhões (R$ 782 milhões, na cotação atual) durante a temporada 2021, que marcou o título de Max Verstappen. A partir daí, Ferrari e Mercedes teceram comentários a respeito de duas equipes que teriam desrespeitado o acordo do teto orçamentário do ano passado — a outra seria a Aston Martin.

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