Russell começa bem na chuva e lidera molhado TL1 do GP da Hungria. Pérez bate

O começo das atividades da Fórmula 1 no GP da Hungria, na manhã desta sexta-feira (21), foi com pista molhada. A chuva foi a grande protagonista da atividade e causou, num tipo de sarcarsmo climático, a seca de ação na pista. As voltas cronometradas apareceram somente nos últimos 18 minutos. Quem melhor aproveitou foi George Russell, líder do treino.

Russell foi um dos 13 pilotos que se interessaram por dar voltas rápidas ao longo da chuvosa hora de atividade. Na realidade, alternou-se com Oscar Piastri na liderança durante os últimos cinco minutos e só anotou o tempo de 1min38s795 bem depois do cronômetro já estar zerado. Um começo legal, claro, pela dianteira da tabela, mas difícil quantificar o valor.

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Piastri foi mesmo o segundo colocado e teve Lance Stroll a reboque, em terceiro. Além deles, Lando Norris, Fernando Alonso, Valtteri Bottas, Charles Leclerc, Guanyu Zhou, Logan Sargeant e Nico Hülkenberg fecharam o top-10. Kevin Magnussen, Yuki Tsunoda e Alexander Albon também registraram tempo.

O grande momento do treino veio logo com cerca de três minutos de bandeira verde. Foi rápido assim, logo na volta de instalação, que Sergio Pérez tocou o gramado enquanto se preparava para entrar na curva cinco. Foi o suficiente para tirar dele o controle do bólido e causar uma rodada e batida na barreira de proteção. Pérez arrebentou o setor dianteiro esquerdo do carro. “Não acredito nisso”, resmungou no rádio. Mas era ele mesmo o único culpado. Outro a causar bandeira vermelha foi Carlos Sainz, que rodou na pista molhada e até bateu, mas com impacto bem menor e ainda levou o próprio carro aos boxes.

Pérez e Sainz, no fim das contas, ficaram sem voltas marcadas. Junto aos dois, Daniel Ricciardo, Esteban Ocon, Pierre Gasly, Max Verstappen e Lewis Hamilton.

O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades do GP da Hungria de Fórmula 1. Logo mais, o TL2 está marcado para as 12h (de Brasília, GMT-3). No sábado, o TL3 está marcado para as 7h30, seguido pela classificação, marcada para as 11h. A largada fica para as 10h do domingo.

Confira como foi o TL1:

Se a previsão do tempo indicava grandes chances de chuva para a hora do primeiro treino livre, a verdade foi que o horário chegou — 13h30 locais (8h30 de Brasília, GMT-3) — e nada de água. Pista seca para o começo das atividades do fim de semana, sob temperatura ambiente em 25°C e céu coberto de nuvens.

Já que o medo da chuva era verdadeiro, não havia muito tempo a perder: George Russell colocou a Mercedes para abrir os trabalhos na pista, seguido por Alexander Albon e, claro, o homem do momento: Daniel Ricciardo, de volta ao grid e pela primeira vez no volante da AlphaTauri. Sergio Pérez foi outro que saiu, com Lando Norris, Logan Sargeant e Fernando Alonso, entre outros, aparecendo. A pista já encheu em poucos minutos.

Porém, problema. Com apenas três minutos de atividade, bandeira vermelha. E de Pérez! Em absoluto inferno astral, o mexicano dava a primeira volta de instalação com o RB19 atualizado pela Red Bull quando perdeu completamente o carro e tocou a parte gramada quando preparou para tomar a curva. Pérez rodou e acabou com impacto bastante considerável contra a barreira de proteção.

“Não acredito nisso”, disse no rádio da Red Bull, enquanto a imagem da transmissão de TV oficial da F1 caçava um Christian Horner com feição de poucos amigos. O carro tinha pelo menos uma suspensão dianteira esquerda destruída, pneu estourado e a renovada asa dianteira danificada. Enquanto isso, Ricciardo passava por ali com o carro da AlphaTauri em algum tipo de ironia fina.

Instantes antes do acidente de Pérez, Guanyu Zhou também relatou questões para a Alfa Romeo. Perguntou no rádio se estava tudo certo, porque perdia energia muito facilmente, e recebeu a ordem de levar o carro aos boxes.

Durante os cerca de oito minutos de bandeira vermelha, a chuva começou a cair e logo ganhou força. A bandeira verde apareceu, mas as voltas cronometradas, não. Alguns pilotos apareciam para voltas de reconhecimento do traçado com molhado, mas a chuva era forte. Valtteri Bottas chegou até a rodar em dado momento.

A falta de giros velozes também se justificava pelo fato de que a previsão do domingo é de quase nenhuma chance de chuva. No sábado, porém, o perigo ainda existia para a classificação, mesmo que menor que na sexta-feira.

A quietude da pista passou a ser incomodada por um de cada vez e de vez em quando. Lewis Hamilton deu volta de instalação com pneus intermediários, algo que, minutos após retornar ao pit-lane, foi Esteban Ocon quem repetiu. Mas, passados 30 minutos e metade da sessão, nada de voltas rápidas.

As voltas de instalação continuavam. Charles Leclerc quase passou fora da pista na chicane, enquanto Carlos Sainz e Albon fizeram seus respectivos reconhecimentos. Em seguida, Kevin Magnussen, Pierre Gasly e a dupla da McLaren, Lando Norris e Oscar Piastri. O australiano quase foi embora também. Mas era fato que chovia forte.

Em entrevista para a transmissão da TV inglesa, Horner afirmava que os danos no carro de Pérez eram razoáveis, mas que não haveria problema algum para recuperar para o segundo treino livre. Mas a situação pesava cada vez mais para ‘Checo’. Mas o carro só chegou na garagem quando o TL1 tinha mais 20 minutos pela frente.

Volta rápida! Com pouco mais de 40 minutos de sessão, Bottas foi para a volta de reconhecimento dele e avisou: dava para guiar. Portanto, resolveu abrir a volta rápida e anotar 1min47s787: primeiro tempo do dia.

Na onda do piloto da Alfa Romeo, a Williams mandou os dois carros. Albon foi ligeiramente mais veloz, enquanto Sargeant passou bem, com 1min46s838 e assumiu uma quase simbólica liderança.

Mas, aí, bandeira vermelha novamente. E agora causada por uma Ferrari. Sainz simplesmente perdeu a traseira do carro na pista molhada quando contornou a curva três, saiu e acabou em contato com a barreira de proteção. Um impacto bem menos forte que o de Pérez, entretanto. Sainz ficou atolado na grama por instantes, mas conseguiu sair e levar o bólido de volta aos boxes com alguns danos na asa dianteira.

Após menos de cinco minutos de bandeira vermelha, a sessão foi retomada para uma possibilidade de novas voltas rápidas nos dez minutos finais. Os pilotos não perderam a chance e foram em peso para a ainda molhada pista. Fernando Alonso rapidamente saltou para a liderança e ainda melhorou o tempo em seguida para chegar a 1min40s687.

O número de pilotos com voltas rápidas chegava a 13 com três minutos pela frente. E um deles, George Russell, tomou a dianteira de Alonso. Apenas, porém, para ser batido por Piastri no estouro do cronômetro. Mais de um minuto depois da quadriculada, porém, quando tudo parecia encerrado, Russell deu nova volta rápida e, com 1min38s795, ficou com o primeiro lugar de um treino que pouco entregou quanto à ordem de forças do fim de semana.

F1 2023, GP da Hungria, Hungaroring, TL1:

1	G RUSSELL	Mercedes	1:38.795		13
2	O PIASTRI	McLaren Mercedes	1:39.154	+0.359	14
3	L STROLL	Aston Martin Mercedes	1:40.013	+1.218	10
4	L NORRIS	McLaren Mercedes	1:40.277	+1.482	13
5	F ALONSO	Aston Martin Mercedes	1:40.687	+1.892	8
6	V BOTTAS	Alfa Romeo Ferrari	1:41.032	+2.237	14
7	C LECLERC	Ferrari	1:41.142	+2.347	12
8	G ZHOU	Alfa Romeo Ferrari	1:41.363	+2.568	9
9	L SARGEANT	Williams Mercedes	1:41.416	+2.621	15
10	N HÜLKENBERG	Haas Ferrari	1:42.706	+3.911	12
11	K MAGNUSSEN	Haas Ferrari	1:42.906	+4.111	14
12	Y TSUNODA	AlphaTauri Honda	1:45.575	+6.780	7
13	A ALBON	Williams Mercedes	1:47.407	+8.612	10
14	D RICCIARDO	AlphaTauri Honda			7
15	C SAINZ	Ferrari			6
16	S PÉREZ	Red Bull Honda			2
17	E OCON	Alpine			4
18	P GASLY	Alpine			3
19	M VERSTAPPEN	Red Bull Honda			4
20	L HAMILTON	Mercedes			3

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