Grid invertido e R$ 5 mi ao vencedor: F1 já discute mudanças radicais na sprint para 2024

De acordo com a revista inglesa Autosport, mudanças no formato da corrida sprint já começaram a ser discutidas no paddock durante a etapa dos Estados Unidos da Fórmula 1 2023. Baixo interesse do público é principal razão

A morna corrida sprint realizada no último sábado (21), em Austin, acendeu o alerta na Fórmula 1 quanto à necessidade de adotar mudanças urgentes no formato da prova a curto prazo. Embora propostas formais não tenham sido ainda apresentadas, o tema começou a ser debatido ainda nos Estados Unidos, com ideias que sugerem grid invertido e até premiação de US$ 1 milhão (R$ 5 milhões, na cotação do dia) ao vencedor.

A reportagem é do site da revista inglesa Autosport desta terça-feira (24). Na etapa americana, a sprint acabou afetando a falta de interesse do público, com queda na venda de ingressos. Fontes ligadas à categoria informaram à publicação que algumas alterações podem ocorrer já para 2024, e os chefões da F1 estariam dispostos a radicalizar.

Uma das propostas, ainda informais, seria ampliar o conceito da corrida sprint ser um evento à parte do GP de Fórmula 1, com os pontos conquistados na prova curva não valendo para o Mundial principal. A outra ideia é buscar um patrocinador de modo a oferecer um prêmio em dinheiro ao vencedor, que poderia chegar a US$ 1 milhão.

O grid invertido também não está fora de cogitação. Modelo tradicional nas categorias de base, como Fórmula 2 e Fórmula 3, as dez primeiras posições seriam invertidas para a largada da sprint. Ou mesmo alguma mudança na classificação que incentivasse as equipes a buscar bons tempos de volta.

A largada da corrida sprint em Austin, Estados Unidos (Foto: AFP)

Não é de hoje que a sprint gera debate, por mais que a categoria insista em ampliar a presença dela nos finais de semana ao longo da temporada. Christian Horner, chefe da Red Bull, opinou sobre o assunto durante a passagem da F1 pelo Circuito das Américas, concordando que as regras atuais não são boas o suficiente, mas afirmou que alterações precisam fazer sentido para os pilotos.

“Acho que precisa adicionar um pouco mais de risco a isso. Revertendo o top-10 ou não, precisa haver pontos suficientes para valer a pena os pilotos realmente participarem disso”, avaliou o chefe de Milton Keynes.

“Conservador em corridas”, Toto Wolff, chefe da Mercedes, não é favorável à sugestão do grid invertido. “Prefiro que não haja corridas sprints do que começarem a se meter. Ainda mais grid inverso, estamos caminhando para as séries júnior, onde o esporte segue o entretenimento, sendo que o entretenimento deve seguir o esporte”, salientou.

“Criar jogos artificiais em torno da sprint aos sábados não é o caminho que pessoalmente prefiro. Mas essa é a minha opinião. As equipes, junto com Stefano [Domenicali, CEO da F1], só precisam pensar no que é melhor”, concluiu Wolff.

A Fórmula 1 volta já neste final de semana, de 27 a 29 de outubro, com o GP da Cidade do México, 18ª etapa da temporada 2023.

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