Haas anuncia fintech MoneyGram como patrocinadora em acordo plurianual para 2023

A Haas, que sofreu enorme baque financeiro com a Guerra da Ucrânia no início de 2022, anunciou um acordo plurianual com a fintech MoneyGram, colocando a fintech como patrocinadora máster a partir da próxima temporada

A Haas anunciou uma nova patrocinadora máster a partir da temporada 2023 da Fórmula 1. Nesta quinta-feira (20), aproveitando o início dos trabalhos nos paddocks em Austin para o fim de semana do GP dos EUA, a equipe americana confirmou a compatriota MoneyGram, com sede em Dallas, no Texas, para ocupar o papel principal no carro do próximo ano.

A MoneyGram é uma fintech, ou seja, empresa de tecnologia financeira, especializada em pagamentos instantâneos e transferência internacional de dinheiro. Chefiada por W. Alexander Holmes, a MoneyGram tem receita anual perto da casa de US$ 1 bilhão – mais de R$ 5,2 bilhões.

“Estamos felizes em receber uma marca incrível como a MoneyGram como nossa nova patrocinadora máster. Desde que chegamos a Mundial de F1, em 2016, a Haas conquistou uma reputação grande de força, agilidade e resiliência e a MoneyGram traz isso também do mundo dos serviços financeiros”, disse Gene Haas, fundador da equipe.

A marca, que vai aparecer no nome oficial da Haas em 2023 e, consequentemente, forçar uma nova pintura para o VF-23, vai passar por uma série de ativações já no fim de semana, aproveitando a etapa de casa da patrocinadora e, claro, da equipe. A MoneyGram já consta na página de patocinadores da Haas no site oficial do time.

A Haas luta por uma posição melhor no Mundial de Construtores. Após a décima colocação de 2021, o time americano deve, pelo menos, subir um degrau em 2022. Com quatro provas para o fim, o time chefiado por Günther Steiner tem 34 pontos e aparece em oitavo, na frente da AlphaTauri nos critérios de desempate.

A Haas veio dourada em 2019 (Foto: Haas)

Aos trancos e barrancos nas finanças

O histórico recente da Haas com patrocinadoras máster não tem sido nada positivo. Em 2019, a equipe protagonizou um dos maiores vexames da história da F1, ao receber suporte da misteriosa fabricante de energéticos Rich Energy. A empresa, que fez o time se pintar de preto e dourado naquele ano, porém, deixou a Haas a ver navios.

Em julho, a Rich Energy causou polêmica ao anunciar o fim da parceria com a Haas, citando o péssimo desempenho do time no GP da Áustria. A equipe retrucou, afirmando que o contrato seguiria em vigência. A marca divulgou um comunicado afirmando que a culpa do anúncio era de um “indivíduo desonesto”, mas o perfil nas redes sociais seguiu publicando críticas ao desempenho da Haas nas semanas seguintes. A Rich Energy chegou a mudar o nome para Lightning Volt após processos de plágio da Red Bull e, meses depois, deixou a F1 citando um suposto “processo de reestruturação”.

Depois de um 2020 especialmente complicado financeiramente e com um carro sofrível, a Haas se rendeu aos muitos rublos da Uralkali, empresa russa de fertilizantes comandada por Dmitry Mazepin, empresário e pai de Nikita Mazepin, que então corria na Fórmula 2.

Carro da Haas tinha as cores da bandeira russa na F1 2021 (Foto: Haas)

Para 2021, a Haas se pintou com as cores da bandeira russa, estampou o patrocínio da empresa e ainda colocou Mazepin em um de seus carros, ao lado do também novato Mick Schumacher. O desempenho foi sofrível, mas a promessa era de trabalho árduo para dar o pulo do gato com o novo regulamento e o carro de 2022.

De fato, o VF-22, bólido da atual temporada, nasceu bem, mas a Haas logo foi caindo pelas tabelas por falta quase que completa de atualizações. O motivo principal? A Uralkali foi retirada por conta da invasão russa no território ucraniano. E o time teve de acionar de volta Kevin Magnussen e seus pontuais patrocínios dinamarqueses.

A Haas, atualmente, tem entre seus principais parceiros, além de sua própria marca estampada, a empresa de telecomunicações alemã 1&1, a também germânica Home Deluxe, de jardinagem, a empresa financeira inglesa Hantec Markets, o banco dinamarquês Lunar, entre outros acordos menores.

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