Os testes de pré-temporada da Fórmula 1 no Bahrein foram recheados de problemas para a McLaren, dentro e fora das pistas. Nos bastidores, Daniel Ricciardo testou positivo para Covid-19 e desfalcou a equipe nos três dias de atividades. Dentro, a escuderia britânica sofreu com o superaquecimento do freio dianteiro direito, que prejudicou a performance de Lando Norris nas simulações de corrida e promoveu um desempenho abaixo do planejado.
Em Barcelona, a McLaren se destacou na primeira sessão de preparação para a temporada ao ser a terceira equipe com o maior número de quilometragem, com 367 voltas, e o quarto melhor tempo das atividades registrado por Norris.
Essa junção de adversidades prejudicou todo o planejamento para o início da temporada da Fórmula 1 e fez a equipe adotar um discurso pessimista. “Definitivamente, não saiu como planejado. Tivemos um problema [com os freios] inesperado no eixo dianteiro e limitou bastante nossa performance, especialmente em stints longos”, contou o chefe de equipe Andreas Seidl em entrevista à emissora britânica Sky Sports.
GUIA FÓRMULA 1 2022
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Pelos problemas que limitaram as simulações de corrida, Lando deixou a pré-temporada com o sentimento de programa incompleto por parte do time de Woking.
“Não foi o teste mais tranquilo para nós. Foi bastante limitado no Bahrein. Acho que Barcelona foi bom, mas aqui encontramos mais alguns problemas, que limitaram bastante a quantidade de voltas que fizemos”, afirmou o piloto inglês, que completou 200 voltas nos testes.
“[Tivemos problemas] especialmente em distâncias longas, com mais combustível. Os trechos com menos combustível e com distâncias mais curtas, nós conseguimos fazer”, acrescentou.
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Sem extrair o máximo do MCL36, Norris revelou que o desenvolvimento do carro está abaixo do esperado. Sendo assim, a confiança para a primeira prova sofreu uma queda, pois a McLaren está em um nível inferior ao planejado. “Estamos atrás de onde queremos estar, onde precisamos estar e onde podemos dizer que estamos confiantes de alguma forma para a primeira corrida”.
Às vésperas da estreia, o piloto de 22 anos reconheceu que o problema não é simples de ser resolvido, mas acredita que o corpo técnico vai trabalhar intensamente para solucionar o problema antes dos treinos livres desta sexta-feira (18). “Não é ótimo, mas estamos conseguindo o máximo que podemos. Sabemos quais são os problemas, com o que estamos lidando e assim por diante”, salientou.
“Não é uma solução simples, é uma área bastante complicada, é preciso muito trabalho, muito tempo para criar essas peças. Por isso, o desafio é colocar tudo em boas condições para a próxima semana”, concluiu.
No Circuito de Sakhir, a temporada 2022 da F1 tem início no próximo domingo (20).
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