Hamilton reflete sobre ida para Mercedes: “Não me sentiria vivo sem correr riscos”

Lewis Hamilton falou que chegou a pensar se teria mesmo tomado a decisão certa ao ir para a Mercedes em 2013, mas sentiu que "queria algo novo" após seis temporadas com a McLaren

A mudança de Lewis Hamilton para a Mercedes ao final da temporada 2012 foi um dos movimentos mais surpreendentes que a Fórmula 1 viu na última década, e isso porque a equipe alemã ainda estava longe do seu período de glória. Mesmo assim, o já campeão do mundo pela McLaren decidiu aceitar o risco e hoje reconhece que teria se arrependido se tivesse ouvido os que disseram que seria “um erro”.

Hamilton foi a escolha de Ross Brawn, então chefe da equipe alemã, e Niki Lauda para substituir o heptacampeão Michael Schumacher, que deixou a categoria de vez após três temporadas com as Flechas de Prata. Na ocasião, porém, a Mercedes era apenas a quarta força do grid, e o britânico não esconde que sentiu, sim, que se tratava de um risco.

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Lewis Hamilton falou sobre a busca por algo novo ao deixar a McLaren após seis temporadas (Foto: Giuseppe CACACE / AFP)

“Senti que era arriscado? Claro! Quando você toma decisões, passa por mudanças, e isso sempre será um risco”, disse Lewis ao site oficial da Mercedes. “Mas eu não me sentiria vivo se não corresse riscos, se não desafiasse constantemente a mim mesmo e os que estão ao meu redor. Era a direção inevitável para seguir e pareceu ser a correta”, acrescentou o piloto, que após seis temporadas com o tradicional time de Woking, entendeu que precisava de “algo novo”.

“Foi uma sensação que tive. Queria algo novo. Estava empolgado para trabalhar com pessoas novas e entrar para um time que tinha dificuldades, pegar tudo o que eu havia aprendido e analisar se poderia ser aplicado em outro lugar”, salientou.

“Fiquei entusiasmado com os planos que ouvi que estavam sendo postos em prática para escalar a equipe e fazê-la campeã. Fui com o que senti no meu interior e no meu coração. E isso me guiou para esta equipe maravilhosa e para esta incrível jornada que estamos seguindo”, completou.

A chegada de Lewis, de fato, trouxe uma nova cara para a base em Brackley. Já no primeiro ano, o #44 conseguiu subir ao degrau mais alto do pódio vestindo as cores da marca de Stuttgart, no GP da Hungria de 2013. Antes do feito, porém, Hamilton admitiu que chegou a pensar perto do Natal se tinha mesmo tomado a decisão correta.

Lewis Hamilton completou dez anos de Mercedes (Foto: Mercedes)

“Tantas pessoas me disseram que era um erro. Mas eu sabia que se não tivesse feito essa mudança, teria me arrependido”, ressaltou. “Tive um momento de reflexão e pensei: ‘Está feito, então vamos dar tudo’. Foquei em treinar da melhor maneira possível e buscar o melhor que eu poderia para a equipe. Também pensei sobre o quão grandioso seria conseguir uma vitória na primeira temporada — algo que conseguimos [em Hungaroring]”, seguiu.

“Se não sinto que estou sendo desafiado, não progrido ou evoluo, e é aí que você começa a pensar sobre o próximo passo. E não deixei de me sentir assim nesses dez anos”, garantiu Hamilton, que alcançou seis dos seus sete títulos ao volante do carro da Mercedes e ainda foi peça fundamental para a conquista dos oito campeonatos de construtores da equipe.

Em 2022, porém, a mudança no regulamento tirou os germânicos do protagonismo, e retornar ao topo tem sido o grande desafio atual da carreira de Hamilton. Mesmo assim, Lewis tem a certeza de que está no lugar certo para continuar evoluindo como piloto.

“Sinto que todo o time tem evoluído, com novas pessoas, novas estruturas sendo montadas, novos alvos sendo traçados. Sinto que tive a equipe certa para crescer, não apenas com piloto, mas como homem. Recebi a chance de ser eu mesmo e fui aceito pela Mercedes”, finalizou.

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