Verstappen controla e lidera primeiro treino livre do GP da Itália. Drugovich é 18º

Nada de chuva! A instabilidade climática da perna europeia da temporada 2023 da Fórmula 1 até agora ficou fora desta sexta-feira (1), de temperatura firme e céu aberto sobre a pista de Monza para o primeiro treino livre do GP da Itália. Na pista, sem grandes dramas, Max Verstappen fez o que faz desde o começo do ano e terminou na liderança.

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O líder da Fórmula 1 2023 cravou 1min22s657 ainda na primeira metade da atividade e usando pneus duros, que são os C3 — macios da semana passada, por incrível que pareça. Com tal registro, não foi superado.

Mas teve quem se aproximasse. Carlos Sainz, no dia do aniversário de 29 anos, ficou somente 0s046 atrás. Sergio Pérez, no outro Red Bull, já esteve a 0s177 do companheiro. A verdade é que os pneus duros renderam mais que os outros e, por isso, foi com este tipo de borracha que andaram os seis primeiros colocados: Charles Leclerc, George Russell e Fernando Alonso logo atrás. Fernando até provou os médios ao longo da atividade, mas apenas para testes.

Lando Norris foi o sétimo colocado e contou com Lewis Hamilton, Yuki Tsunoda e Alexander Albon logo atrás no grupo que fechou o top-10. Felipe Drugovich, que participou da atividade sempre com pneus médios para a Aston Martin, ficou na 18ª colocação.

Numa atividade sem bandeiras vermelhas, o grande destaque negativo foi para a Alfa Romeo, que sofreu com problemas de software nos dois carros inicialmente. Depois que conseguiu sair, tinha um bólido incerto que Guanyu Zhou chegou a chamar de “inguiável”.

O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades do GP da Itália, em Monza, 14ª etapa da temporada 2023. No sábado e no domingo, classificação e corrida também contam com transmissão em SEGUNDA TELA, NA GPTV, EM PARCERIA COM A VOZ DO ESPORTE. Logo mais, o TL2 está marcado para as 12h (de Brasília, GMT-3). Amanhã, o TL3 abre o dia às 7h30, enquanto a classificação define o grid de largada a partir das 11h. Já no domingo, a largada está marcada para as 10h.

Confira como foi o TL1 do GP da Itália:

A Fórmula 1 voltou ao templo da velocidade! Num ano em que a temporada europeia apresenta muita instabilidade climática, pilotos e equipes chegaram aliviados para uma sexta-feira com nenhum tipo de sobressalto apresentado. Chances nulas de chuva, céu aberto e até calor. Apesar dos 25°C de temperatura ambiente e sol à espreita, o asfalto estava apenas em 36°C no momento em que o treino estava marcado para começar.

A grande notícia da abertura do fim de semana estava no anúncio da Mercedes de renovação contratual de Lewis Hamilton — e extensão de George Russell — até o fim da temporada 2025. Mais dois anos com a dupla formada, portanto.

A partir do momento em que a luz verde apareceu no pit-lane, o trabalho foi imediato. Com Lando Norris liderando o pelotão, a pista ficou lotada em instantes. E sem qualquer tipo de pensamento parecido das equipes no que diz respeito aos pneus. Enquanto a Sergio Pérez, Yuki Tsunoda e Esteban Ocon apareceram de macios, Norris, Fernando Alonso e a dupla da Haas surgiam de pneus médios. Ainda, Hamilton, George Russell e Max Verstappen usavam os duros. Tinha para todos.

É bom destacar que a Pirelli alocou a gama mais macia de pneus para o fim de semana, com os C3 de duros — uma semana após serem os macios nos Países Baixos —, os C4 de médios e, por fim, os C5 de macios.

Quem também saiu de pneus médios foi Felipe Drugovich! O piloto campeão da Fórmula 2 em 2022 assumia o carro de Lance Stroll pela Aston Martin para o TL1 do fim de semana.

Hamilton foi o primeiro a registrar volta cronometrada, mas pouco importava. Com tanta gente na pista, metade do grid já tinha computado algum tempo nos primeiros cinco minutos.

E o problema inicial também não demorou: Guanyu Zhou, com a pintura especial da Alfa Romeo, teve dificuldades com o carro ainda saindo do pit-lane. A equipe já aproveitou para recolher novamente para dentro da garagem. Em seguida, a mesma coisa com Valtteri Bottas. Aparentemente, uma questão tecnológica com um software.

Os tempos continuavam evoluindo e reorganizando as colocações, com direito a vantagem para quem estava de pneus duros na pista. Pouco após 11 minutos, Verstappen assumiu a dianteira com 1min23s027.

Após 15 minutos de treino, somente as duas Alfa Romeo e as duas Williams não haviam saído à pista, enquanto Norris dera algumas voltas de instalação com diferentes tipos de pneu, mas ainda não completara uma volta cronometrada.

A câmera foi atrás de uma volta de Drugovich com a Aston Martin. Enquanto o brasileiro contornava o circuito italiano, enorme quantidade de gente lenta fora do trilho de corrida se apresentava. O tráfego, como sempre, é um fator importante em Monza.

Passados os primeiros 20 minutos, os tempos caíam para baixo da casa de 1min23s. Verstappen tinha 1min22s657, enquanto Charles Leclerc levava a Ferrari a 1min22s966. Pérez ainda aparecia em terceiro, com 1min23s0. Zhou, Alexander Albon e Logan Sargeant saíram à pista neste ponto para que começassem a somar quilometragem. Em seguida, Bottas. Os quatro de pneus macios.

“Bastante quique”, foi o recado de Pierre Gasly para a Alpine. A transmissão oficial também mostrou Sainz sacudindo na tomada da Parabolica. Logo antes da marca de metade do treino, um pedaço de carroceria do carro de Norris se soltou e ficou na pista, com Alonso passando por cima em cheio em seguida. Perigo de furar pneu, mas não aconteceu.

Com metade do treino passado, Verstappen liderava com Pérez, Leclerc, Sainz, Alonso, Norris, Hamilton, Oscar Piastri, Russell e Albon formando o top-10. Drugovich ocupava o 14º lugar.

Pérez queria fazer teste de vácuo e pediu no rádio da Red Bull. Sobretudo na classificação, o vácuo é um fator extremamente importante para se colocar bem em Monza. Os últimos anos andam vendo uma constante dos pilotos bem lentos na pista nos momentos decisivos das tomadas de tempos para ficarem imediatamente atrás de alguém e, ao mesmo tempo, evitar que alguém faça o igual consigo.

Apesar da dupla de pilotos da Alfa Romeo ter ido à pista, tanto Bottas quanto Zhou relatavam o carro batendo de barriga no chão e se arrastando demais. Guanyu até disse que estava “inguiável”. Ocupavam as duas últimas posições e não estavam satisfeitos.

Num treino de poucas movimentações anormais, Albon foi o primeiro pego saindo do traçado e passeando na brita. Nada grave e nenhum acidente, mas o piloto levou o carro imediatamente aos boxes para que a Williams avaliasse.

Entre idas e vindas da Alfa Romeo e Liam Lawson, fazendo o primeiro treino de sexta-feira como piloto titular da F1, ainda que interino, com o 13º posto, a segunda metade do TL1 era tranquila. Alguns tempos de volta mudavam, com direito ao aniversariante do dia, Sainz, pulando para o segundo posto, mas a volta da liderança seguia a mesma. E assim foi até o fim, sem sobressaltos maiores que Ocon rapidamente sair da pista na curva Ascari.

F1 2023, GP da Itália, Monza, TL1:

1	M VERSTAPPEN	Red Bull Honda	1:22.657		31
2	C SAINZ	Ferrari	1:22.703	+0.046	28
3	S PÉREZ	Red Bull Honda	1:22.834	+0.177	30
4	C LECLERC	Ferrari	1:22.966	+0.309	22
5	G RUSSELL	Mercedes	1:23.189	+0.532	28
6	F ALONSO	Aston Martin Mercedes	1:23.214	+0.557	24
7	L NORRIS	McLaren Mercedes	1:23.241	+0.584	22
8	L HAMILTON	Mercedes	1:23.269	+0.612	26
9	Y TSUNODA	AlphaTauri Honda	1:23.271	+0.614	23
10	A ALBON	Williams Mercedes	1:23.444	+0.787	18
11	O PIASTRI	McLaren Mercedes	1:23.446	+0.789	24
12	L SARGEANT	Williams Mercedes	1:23.661	+1.004	21
13	L LAWSON	AlphaTauri Honda	1:23.833	+1.176	29
14	P GASLY	Alpine	1:23.931	+1.274	26
15	V BOTTAS	Alfa Romeo Ferrari	1:23.952	+1.295	17
16	N HÜLKENBERG	Haas Ferrari	1:24.067	+1.410	23
17	E OCON	Alpine	1:24.090	+1.433	26
18	F DRUGOVICH	Aston Martin Mercedes	1:24.140	+1.483	24
19	K MAGNUSSEN	Haas Ferrari	1:24.217	+1.560	24
20	G ZHOU	Alfa Romeo Ferrari	1:24.232	+1.575	17

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