Verstappen lidera manhã do dia #1 de testes da F1 no Bahrein. Drugovich tem problema

A Fórmula 1 está oficialmente na pista de novo! A sessão única de testes coletivos de pré-temporada de 2023 começou na manhã desta quinta-feira (23), no Bahrein, e ainda de madrugada no Brasil. As dez equipes foram à pista para iniciar as testagens de tudo que há de novo nos carros e até entre os pilotos. O resultado, contudo, foi aquele mais comum do ano que passou: Max Verstappen e a Red Bull na frente.

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O atual bicampeão mundial passou quase o tempo todo da atividade atrás de Carlos Sainz, da Ferrari, mas passou para a dianteira com pouco mais de 30 minutos restantes na atividade. Com 1min32s959, colocou 0s294 de frente para o rival.

No que diz respeito à Ferrari, o que mais chamou a atenção foi a asa dianteira que amassava nos trechos de alta velocidade. Por um breve instante, impressão era de que se tratava de uma novidade técnica, mas a equipe logo confirmou que isso não é parte do projeto e trocou o bico.

A terceira colocação ficou com o campeão de quilometragem da manhã, Alexander Albon, na Williams. Guanyu Zhou e George Russell, numa Mercedes que em momento algum buscou qualquer coisa de rendimento, apareceram em seguida. A segunda metade da classificação teve Nico Hülkenberg, Felipe Drugovich, Yuki Tsunoda, Pierre Gasly e Oscar Piastri.

O único problema mais geral do dia foi a bandeira vermelha que veio com menos de dez minutos de sessão e durou por mais ou menos 20. O motivo foi um problema eletrônico no AMR23 assim que ele saiu para a pista para começar os trabalhos.

O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades dos testes coletivos de pré-temporada da F1 AO VIVO e EM TEMPO REAL.

Confira como foi a manhã de testes:

Um dia de sol, com céu limpo, de almanaque, para a Fórmula 1 abrir os testes coletivos de pré-temporada de 2023. O retorno oficial dos carros à pista após três meses, desde os últimos dias de novembro do ano passado, em Abu Dhabi. E no Bahrein, onde o campeonato começa em cerca de uma semana.

A primeira manhã dos três dias de teste contava com uma escalação de nove titulares e um reserva. O bicampeão mundial vigente Max Verstappen tinha a companhia de Carlos Sainz e George Russell nas rivais mais duras. Yuki Tsunoda, Alexander Albon e Guanyu Zhou eram outros que seguiam nas mesmas equipes, respectivamente AlphaTauri, Williams e Alfa Romeo.

Além destes, o estreante Oscar Piastri colocava a McLaren no traçado, ao passo que Pierre Gasly e Nico Hülkenberg ainda tentavam se acostumar com os novos carros de Alpine e Haas. O alemão, é bom lembrar, estava fora do grid como titular desde 2019. E tinha Felipe Drugovich, que começava os testes pela Aston Martin na vaga de Lance Stroll, lesionado após acidente de bicicleta na Espanha.

No tempo marcado e hora de sair à pista, Russell correu para liderar qualquer possível fila de carros que gostariam de imediatamente deixar o pit-lane. O piloto inglês levou o W14 da Mercedes à frente, seguido por Sainz, Albon, Zhou e Tsunoda. Verstappen veio em seguida, bem como Gasly e Hülkenberg.

O último a sair para a pista, ainda com menos de dez minutos de sessão, era Drugovich. E foi justamente para eles que os holofotes se viraram. O piloto reserva e de desenvolvimento da Aston Martin acabara de deixar o pit-lane e nem sequer conseguiu completar o primeiro setor da pista na volta de aquecimento. O AMR23 apagou e obrigou Felipe a parar na margem da pista. Bandeira vermelha e necessidade de guinchar o carro verde lotado de grelhas aerodinâmicas. Que azar do atual campeão da Fórmula 2, que ficara parado esperando o carro ser tirado.

Após pouco mais de 20 minutos de espera, bandeira verde novamente para seguir com a sessão. Russell, de novo, era quem estava na beira do pit-lane. Quase que de imediato, os dez carros apareceram novamente no traçado. Já era hora de falar de voltas rápidas? Porque Max Verstappen fazia 1min35s655 para assumir a dianteira. Gasly era quem se aproximava. Não era uma coincidência que Red Bull e Alpine eram as equipes que se apresentavam sem grelhas.

Depois da Era das grelhas, passava a ser a hora da Era da parafina. A Ferrari colocou um pouco do flow-viz na suspensão dianteira de Sainz e mandou o espanhol sair. Resultado foi 1min33s767 e a liderança provisória. Foi assim que terminou a primeira hora de testes: na frente, em volta feita com os pneus protótipos que estão em teste na comparação com os compostos C3 — dos cinco compostos para pista seca, o C3 é o único que pode servir de duros ou macios em diferentes fins de semana, dependendo da pista.

Verstappen, Gasly, Zhou, Hülkenberg, Russell, Tsunoda, Albon, Piastri e Drugovich completavam o top-10.

De volta à Era da Parafina: Alfa Romeo e Williams embarcaram e mandaram os carros com a frente pintada. No caso de Albon, a Williams tinha uma parafina bem laranja, diferente do amarelo costumeiro que se instala nos carros durante esse tipo de teste. E Albon foi para a frente com a novidade.

Após mais de uma hora de ausência, Drugovich conseguiu retornar à pista com a Aston Martin. O problema no carro foi de seara eletrônica e, ao menos aparentemente, estava resolvido.

Uma dúvida sobre possível novo problema surgiu quando um pedaço de carroceria surgiu na pista em dado momento ao longo da segunda hora de treino, logo antes da curva sete. Era de Hülkenberg, que dava voltas rápidas pela pista e até chegava ao segundo posto. O motivo foi uma zebra na qual Nico passou em cima enquanto em velocidade. Os mecânicos da Haas mexeram rapidamente no carro, mas nenhuma grande questão se estabeleceu. Logo, voltava à pista.

Sainz retomava a liderança do dia ao anotar 1min33s253, volta 0s418 melhor que a de Albon. Mas a pista via o ritmo diminuir pela primeira vez desde o começo das atividades. Verstappen e Russell estavam na pista em simulações mais longas, enquanto Zhou deu lugar resolveu entrar de volta no pit-lane. Drugovich, por outro lado, completava uma trinca.

Apesar da parafina e das mudanças na frente, quase metade dos pilotos ainda não tinha tentado dar uma volta mais competitiva em desempenho. Russell abria tal fila, estando 3s5 atrás de Sainz. Tsunoda, Piastri e Drugovich acompanhavam.

Agora com carro apenas com resquícios da parafina usada anteriormente, Albon quase perdeu o controle da frente da Williams na tomada da última curva de Sakhir, mas segurou. Na realidade, havia uma impressão de que Albon estava forçadamente travando a frente do carro em algumas freadas, realizando algum tipo de teste.

Uma curiosidade do começo dos testes era o bico um tanto quanto móvel da Ferrari, que assumia um formato diferente, com uma pequena concavidade quando em alta velocidade. De acordo com a equipe, não era algo planejado. Por isso, chamaram Sainz para os boxes e mudaram a asa dianteira.

Ao fim da segunda hora, ainda era Sainz quem liderava o teste com diferença de 0s340 para Verstappen. Albon, Zhou, Hülkenberg, Gasly, Russell, Tsunoda, Piastri e Drugovich fechavam o top-10. Quem mais tinha voltas anotadas era Verstappen, com 31. Sainz tinha 30, seguido por Gasly (28), Hülkenberg e Albon (26), Zhou (22), Russell (21), Tsunoda (18), Piastri (15) e Drugovich (7).

A terceira hora de teste foi bastante menos movimentada do que as duas anteriores. Se na pista pouca coisa digna de nota acontecia, a direção da transmissão oficial da F1 TV apontava para Mick Schumacher nos boxes da Mercedes.

Onde as coisas estavam animadas era na garagem da Alpine, onde os mecânicos se amontoavam para fazer ajustes nos carros de Gasly para a sequência dos trabalhos. Aparentemente, algum problema para os franceses.

Com relação a tempo de volta, Russell melhorou ao longo da terceira hora, mas nada muito impressionante para uma Mercedes que visivelmente estava com objetivo distante disso. Assim, terminou a hora na quinta colocação. Sainz seguia na frente para a última 1h15min.

O líder do dia também quase escapou na abertura da parte final da sessão e teve de fazer o possível para segurar a Ferrari na curva 11. Apesar de pouca coisa em termos de grandes momentos na pista, o quarteto formado por Verstappen, Sainz, Russell e Albon já abria a hora derradeira com mais de 50 voltas alcançadas.

Drugovich tinha 24, apenas, depois de sofrer com um problema eletrônico no começo do dia. Outro que andara bastante era Piastri, com 45 voltas. Apesar de não ter dado voltas competitivas até aquele momento, tinha boa quilometragem acumulada.

Haveria ao menos mais uma mudança na liderança! O campeão chegou: Verstappen andou em 1min32s959 e assumiu a dianteira com cerca de 0s3 de vantagem para Sainz. Logo depois, foi Drugovich que segurou bem o carro após uma quase escapada na tomada da curva um. Na sequência, melhorou a volta. Seguia em décimo, mas, ao que tudo indicava pela maneira que procurava os limites da pista àquela altura, era simplesmente uma questão do carro estar mais voltado para configuração de corrida.

No momento de completar quatro horas de sessão e apenas 15 minutos distante de encerrar as atividades, Albon tinha impressionantes 72 voltas com a Williams. Antes dos minutos finais, ainda deu tempo de Drugovich melhorar a volta e pular para a sétimo colocação, logo antes de um teste com o sistema de VSC. Na frente, ninguém mexeria mais: Verstappen liderou.

F1 2023, Testes Coletivos, Bahrein, Dia 1, Manhã:

1	M VERSTAPPEN	Red Bull Honda	1:32.959		71
2	C SAINZ	Ferrari	1:33.253	+0.294	72
3	A ALBON	Williams Mercedes	1:33.671	+0.712	74
4	G ZHOU	Alfa Romeo Ferrari	1:33.723	+0.764	67
5	G RUSSELL	Mercedes	1:34.174	+1.215	69
6	N HÜLKENBERG	Haas Ferrari	1:34.424	+1.465	51
7	F DRUGOVICH	Aston Martin Mercedes	1:34.564	+1.605	40
8	Y TSUNODA	AlphaTauri Honda	1:34.671	+1.712	46
9	P GASLY	Alpine	1:34.822	+1.863	60
10	O PIASTRI	McLaren Mercedes	1:34.888	+1.929	52

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