McLaren defende entrada da Andretti na F1 e avalia oposição como “visão limitada”

Zak Brown, chefe da McLaren, defendeu entrada da equipe norte-americana após críticas de Red Bull e Mercedes, ressaltando o potencial de crescimento nos Estados Unidos

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A Andretti oficializou o desejo de entrar na Fórmula 1 na última semana, meses depois de se aproximar de um acordo para comprar a assumir a equipe da Alfa Romeo. A tentativa declarada de entrada de um novo time gerou várias reações no paddock, com Red Bull e Mercedes com um pé atrás e a Alpine defendendo os estadunidenses. A McLaren se juntou aos franceses e foi contundente ao afirmar que as concorrentes deveriam adorar a ideia do grupo americano.

Zak Brown, diretor-executivo da McLaren, saiu em defesa da Andretti, que é sua rival na Indy. Para ele, a entrada de uma equipe de nome só ajudaria a categoria a crescer nos Estados Unidos. Ir contra isso significa algo negativo.

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“Acho que a Andretti como nome, como um time de corrida altamente respeitável. Sabendo quem são os apoiadores e quem Michael é, sem dúvida alguma nos ajudará a crescer na América do Norte”, disse Brown. 

“Acho que os times que talvez não apoiem estão tendo uma visão limitada. Nós estamos tentando fazer o esporte crescer? Ou estamos entrando numa tendência ruim que equipes de corrida costumam ter, que é pensar sobre o hoje e não sobre o futuro?”, questionou.

Michael Andretti tem equipes na Indy, na Fórmula E, no Extreme E e no IMSA (Foto: Indycar)

A discussão sobre a entrada de uma 11ª equipe passa por um importante aspecto financeiro, já que o dinheiro distribuído pela categoria seria diluído com um time a mais. É justamente por isso que há um mecanismo em que novas equipes precisam pagar uma taxa de US$ 200 milhões – equivalente a cerca de R$ 1 bilhão na cotação do dia – para cobrir o buraco comercial.

Sob esse aspecto, Brown criticou mais uma vez a falta de visão das equipes da categoria. Para ele, o potencial que a Andretti traz de crescimento nos EUA compensaria a maior divisão das receitas. A Fórmula 1 já vem crescendo exponencialmente no país, e neste ano, terá, além da corrida em Austin, o GP de Miami.

“Se forem US$ 100 milhões – cerca de R$ 500 milhões -, eles podem nos ajudar a ganhar mais US$ 100 milhões em receitas no esporte pela TV e pelo interesse no esporte? Eu acredito que sim. E a coisa mais fácil depois é continuar a buscar uma redução de gastos. Em três ou quatro anos, quando não houver mais o pagamento da taxa de diluição, é só reduzir nosso orçamento por US$ 10 milhões por ano”, explicou Brown.

“Além disso, você só pode ter 12 equipes no grid. Então quando você tem todas as 12, você fica numa situação em que a única maneira de entrar no esporte é comprando”, relembrou o dirigente. “Então acho que vai aumentar o valor das equipes. Novamente, acho que é uma visão limitada não querer outros times confiáveis dentro do esporte por conta de diluição”, concluiu.

No dia anterior, o chefe da Mercedes, Toto Wolff, também se colocou como uma barreira para a Andretti. “Somos o auge, isto é a Liga dos Campeões, a NFL, e redistribuir franquias não é o objetivo, não é como deve ser feito, e esta não é a intenção da Fórmula 1 nem da FIA”, opinou.

O GRANDE PRÊMIO cobre in loco a primeira semana de testes da Fórmula 1 no Circuito de Barcelona-Catalunha com Eric Calduch. Além disso, o GP acompanha tudo AO VIVO e EM TEMPO REAL.

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