Mercedes cita Ferguson e Guardiola ao explicar saída de Hamilton: “Prazo de validade”
Toto Wolff voltou a falar sobre a saída de Lewis Hamilton da Mercedes e explicou os motivos de ter oferecido um contrato de curto prazo ao heptacampeão
Prestes a perder um dos maiores pilotos da história da Fórmula 1 na temporada 2025, Toto Wolff voltou a falar sobre a saída de Lewis Hamilton da Mercedes e lamentou, ainda, o timing em que o anúncio foi feito. O chefe das Flechas de Prata também explicou os motivos de ter oferecido um contrato de curto prazo ao heptacampeão — e ao fazer isso, citou Alex Ferguson e Pep Guardiola, treinadores lendários no futebol, como exemplos.
Era apenas o primeiro dia de fevereiro quando o #44 confirmou os rumores de que estava arrumando as malas e se mudando de Brackley para Maranello a partir do próximo ano. A notícia, claro, caiu como uma bomba no mundo do automobilismo, já que o britânico se tornou o rosto do time alemão na classe rainha, vestindo o macacão prateado por mais de uma década e conquistando seis dos sete títulos que possui atualmente no currículo.
Wolff, no entanto, deixou claro que esperava que tal separação fosse acontecer em breve, mas admitiu que ainda se questiona sobre os motivos e a maneira como tudo se desenrolou. “Eu tinha certeza de que Lewis iria sair”, contou ao escritor Matt Whyman, autor do livro ‘Inside Mercedes F1: Life in the Fast Lane’, que aborda os bastidores da equipe ao longo dos últimos 18 meses. “Apenas não conseguia entender por que ele mudaria para outro time antes de saber se seríamos competitivos”, continuou.
“Também não me deu tempo de reagir. Tive de ligar para nossos parceiros de maneira emergencial e, possivelmente, perdi a oportunidade de negociar com outros pilotos que haviam assinado contratos algumas semanas antes, como Charles Leclerc e Lando Norris“, lamentou. Enquanto o monegasco fechou um novo acordo com a Ferrari no dia 25 de janeiro, o britânico, por sua vez, apertou a mão da McLaren na manhã seguinte — menos de uma semana antes de Hamilton anunciar a mudança para a escuderia comandada por Frédéric Vasseur.
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Tentando enxergar o copo meio cheio, o chefe da Mercedes buscou uma maneira de olhar para a situação de forma positiva. Com Lewis próximo de completar 40 anos de idade, Wolff reconheceu que o momento do adeus não estava tão longe. Além disso, mostrou-se aliviado ao dizer que um peso enorme saiu dos ombros, já que não será mais o responsável por colocar um ponto final em um relacionamento tão forte dentro do esporte.
“[Mas] gosto da situação. Ela nos ajuda porque evita o momento em que precisamos dizer ao piloto mais icônico do esporte que queremos terminar [a parceria]”, afirmou Toto, que ainda explicou os motivos de ter oferecido ao heptacampeão — assim como a George Russell — um contrato de curta duração.
“Há uma razão pela qual assinamos um contrato de apenas um ano com a opção de mais um. Estamos em um esporte onde a agudeza cognitiva é extremamente importante, e acredito que cada um tem um prazo de validade. Então, preciso olhar para a próxima geração”, apontou.
“É a mesma coisa no futebol, com técnicos como Alex Ferguson ou Pep Guardiola. Eles anteciparam isso no desempenho de suas principais estrelas e trouxeram jogadores mais jovens que impulsionaram o time nos anos seguintes”, encerrou Wolff.
Durante o fim de semana do GP da Itália, em agosto, a Mercedes anunciou Andrea Kimi Antonelli como substituto de Hamilton a partir da temporada 2025.
A Fórmula 1 agora volta às pistas para o GP de Las Vegas, nos Estados Unidos, entre os dias 21 e 24 de novembro. Depois, realiza corridas no Catar, última sprint do ano, e Abu Dhabi.
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