Nasr afirma que testes na Williams já permitiram melhorar em todos os aspectos: “Estou me adaptando cada vez mais”

Piloto reserva da Williams em 2014, Felipe Nasr já teve cinco oportunidades de guiar um carro de F1 e afirmou que essas chances o permitiram conhecer melhor algumas das características e dos procedimentos da categoria máxima do automobilismo

Felipe Nasr declarou que está se sentindo cada vez mais confortável com as oportunidades que vem tendo para pilotar o carro de F1 da Williams na temporada 2014, o FW36. Já foram cinco, e, segundo o piloto, essas ocasiões permitiram-lhe melhorar em todos os aspectos.

Reserva da equipe de Grove, Nasr andou três vezes no Bahrein, uma na China e outra na Espanha, na última sexta-feira. Nessas oportunidades, dedicou-se principalmente a cumprir os programas que os engenheiros o passavam visando desenvolver o FW36 e nem tanto a dar voltas lançadas. Até porque isso “leva tempo”, como disse o próprio.

Perguntado pelo GRANDE PRÊMIO no último fim de semana em Barcelona, Nasr enumerou os pontos em que sente que apresentou evolução desde o início da jornada com a Williams.

“Melhorei em tudo. São tantos procedimentos, tantas coisas para mexer no volante, saber se os quatro pneus estão funcionando bem, na temperatura certa, o balanço do carro. Os carros são muito sensíveis, mais do que na GP2, então qualquer mexida em asa, um grau a menos, um grau a mais, faz uma diferença absurda. Tudo isso eu estou aprendendo, e muito mais. São esses pequenos detalhes que vão ajudando”, relatou.

Felipe Nasr andou com o carro da Williams na sexta-feira em Barcelona (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)

“Aos poucos, estou me sentindo mais à vontade num carro de F1, numa equipe de F1, e para botar tudo isso junto em uma volta, precisa de experiência e tempo. Estou adquirindo isso. Estou pegando a mão das coisas e, na hora que tudo se encaixar, aí sim vou poder mostrar meu potencial inteiro”, declarou.

Enquanto aprende e trabalha com a Williams, Nasr também precisa se desdobrar para atender aos compromissos que tem com a
GP2. Inclusive chegou alguns minutos atrasados para essa entrevista porque estava reunido com a Carlin no paddock da categoria de base, que é separado do da F1

“É mais trabalho, mais concentração, muito fácil se confundir”, falou. “Tem que se ligar. Falo para mim mesmo ‘estou num carro de F1’, ‘estou num carro da GP2’, e isso automaticamente já me ajuda a adaptar de um carro para o outro.”

Mas essa dificuldade só ajuda, de acordo com Nasr. “É um mega exercício, e você conseguindo mostrar isso, é muito bom”, afirmou.

No último fim de semana, o brasiliense venceu pela primeira vez na GP2 na corrida curta da rodada dupla da Espanha. Terceiro no sábado, ele largou em sexto no domingo e já liderava a disputa na volta 2. Dali em diante, foi administrando a diferença para os adversários mais próximos, Jolyon Palmer e Tom Dillmann, e correu para o abraço após cruzar a linha de chegada. Admitiu que agora deve ser mais fácil dar sequência à luta pelo título, já que a busca pela primeira vitória não é mais uma preocupação.

O próximo compromisso de Nasr é em duas semanas, na etapa de Mônaco da GP2. Com a Williams, sabe-se que ele treinará novamente em nas sextas-feiras dos GPs dos Estados Unidos e do Brasil, no fim do ano, e em mais um dia de testes que ainda será definido pela equipe.

GRANDE PRÊMIO cobre 'in loco' os testes da F1 em Barcelona com o repórter Renan do Couto e o fotógrafo Xavi Bonilla. Para acompanhar todo o noticiário, clique aqui.

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