Williams ganha processo e aguarda pagamento de R$ 173 milhões após calote da Rokit

A Rokit chegou a ser patrocinadora-máster da Williams, mas falta de pagamentos em 2020 deu início a longo processo jurídico — que chegou ao fim neste mês de dezembro, com parecer favorável ao time de Grove

O caso judicial envolvendo Rokit e Williams chegou ao fim — e a ex-patrocinadora-máster da equipe de Fórmula 1 terá de pagar. No primeiro dia deste mês de dezembro, a Corte Federal dos Estados Unidos, localizada na Califórnia, validou o parecer inicialmente feito pela Corte de Londres. Após dar o calote no time inglês, a empresa recebeu a ordem de efetuar pagamento de £ 26,2 milhões e US$ 1 milhão — total de cerca de R$ 173 milhões.

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!

A Rokit efetuou os pagamentos de 2019, primeiro ano de parceria entre as partes, com exceção de um bônus prometido — mas não realizou nenhum pagamento no ano seguinte. Empresário inglês no comando da empresa, Jonathan Kendrick garantiu para Williams ter as transações organizadas para as várias faturas.

Em março de 2020, a dívida da Rokit com a Williams chegava à casa de US$ 24,4 milhões (cerca de R$ 127 milhões, na cotação atual). A essa altura, Kendrick forneceu ao time de Grove uma imagem com supostas instruções ao seu banco, com o objetivo de transferir o valor devido. O problema é que nenhum dinheiro chegou aos bolsos da equipe.

A Rokit também estampou patrocínios na W Series e Fórmula E (Foto: FIA Fórmula E)

No mês seguinte, a Williams fez a primeira cobrança formal, sem sucesso. Em maio, o acordo de patrocínio foi encerrado e, na sequência, o time da F1 ofereceu um acordo extrajudicial — estimado em US$ 16,6 milhões (cerca de R$ 86 milhões). Na visão da corte, a oferta era generosa e deveria ter sido aceita.

Em julho de 2020, a Rokit enfim respondeu ao time jurídico da Williams. “Seu cliente está propondo que paguemos US$ 16,6 milhões pelo quê? Esperamos receber a confirmação assim que você iniciar o processo arbitral”, apontou a empresa. Isso gerou ação da equipe, que recorreu ao LCIA (The London Court of International Arbitration — Tribunal de Arbitragem Internacional de Londres, em português).

Em fevereiro de 2021, as duas partes envolvidas no processo foram obrigadas a pagar US$ 24,6 mil (cerca de R$ 128 mil) para cobrir os custos da corte. A Rokit nunca efetuou tal pagamento, que foi coberto pela Williams. Em outubro, o tribunal londrino julgou parecer favorável ao time da F1, obrigando a Rokit a pagar £ 26,2 milhões e US$ 1 milhão — total de cerca de R$ 173 milhões.

Em dezembro de 2021, a Williams pediu confirmação da sentença na Califórnia — por ser onde a equipe queria receber os valores devidos. Já em 2022, no mês de março, a Rokit recorreu ao capítulo 7 da Proteção contra Falência, o que pausou todo o processo. O caso foi reiniciado em setembro desse ano e, o veredito final, dado agora em dezembro.

O capítulo 7 da Proteção contra Falência prevê que a empresa em questão não tem os recursos necessários para continuar em funcionamento e quer, portanto, encerrar as atividades. Isso difere do capítulo 11, que revela a intenção da empresa de arranjar uma maneira de seguir funcionando.

Como a Rokit apelou para o capítulo 7, todos os ativos da companhia serão vendidos e, os fundos coletados, destinados ao pagamento das dívidas pendentes.

SEBASTIAN VETTEL: DOS RECORDES NA F1 AO LEGADO QUE VAI ALÉM DO ESPORTE
Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.