Williams se vende como “equipe sem política” em tática da sedução para atrair Newey

A Williams quer contar com Adrian Newey, mas sabe que a concorrência é grande. Porém, acredita que a equipe, por "manter o espírito família", pode ser um diferencial na F1

A Williams — assim como metade do grid da Fórmula 1 — quer contar com Adrian Newey para os próximos anos e, por isso, aposta no diálogo e em se vender como uma “equipe sem política” para tentar atrair o projetista. O chefe da equipe britânica, James Vowles, entende que o time pode ser um caminho para alguém que busca um desafio maior, de renascer uma esquadra que já liderou o grid no passado.

“É uma equipe pequena que está tentando voltar ao topo. Acho que pode ser uma ótima opção para alguém que queira encarar um desafio como este. Mais do que isso, o bom da Williams é que ela manteve o espírito de família. Não somos administrados por um fabricante. Somos dirigidos por um grupo de pessoas que querem estar lá”, afirmou Vowles, ao portal RacingNews365. “Do ponto de vista da Williams, obviamente, foi onde Adrian realmente se destacou pela primeira vez. E acho que somos uma equipe sem política”, emendou.

Aos 65 anos, Newey é considerado por muitos como um dos melhores engenheiros projetistas da história da Fórmula 1. Ele iniciou a carreira no Mundial em 1988, pela modesta equipe March, acompanhando a transição do time para Leyton House. Em 1991, se transferiu para a Williams, onde começou a ter a fama reconhecida pelos projetos que foram campeões mundiais em 1992, 1993 e 1996. Foi também pela esquadra de Grove onde passou pelo pior momento da carreira, com a morte de Ayrton Senna.

Em 1997, se transferiu para a McLaren, onde ajudou o time a quebrar um jejum de vitórias que durava 4 anos. Na temporada seguinte, em 1998, viu Mika Häkkinen levantar o primeiro título mundial da carreira, feito que se repetiu em 1999. Depois de uma tentativa frustrada de saída para a Jaguar em 2001, Newey desembarcaria em Milton Keynes em 2006. Agora, a equipe já era Red Bull e trouxe o projetista a preço de ouro. Com ele, veio o tetracampeonato de Sebastian Vettel entre 2010 e 2013, além da atual sequência de títulos de Max Verstappenentre 2021 e 2023.

James Vowles não nega que, assim como outros times do grid, gostaria de contar com Newey na Williams (Foto: Marco Miltenburg)

Volwes disse que já conversou com o projetista, mas de maneira informal e descontraída. “Foi uma conversa leve, mais do que qualquer outra coisa, dizendo que não deve ter sido uma decisão fácil e, fundamentalmente, querendo conversar mais sobre tudo”, contou o dirigente.

“E, com Adrian, você tem alguém com seu prestígio, com seu toque. Não há uma equipe em que ele não tenha estado – e isso inclui a McLaren, nós mesmos e a Red Bull – em que ele não tenha feito uma diferença significativa. Acho que qualquer um aqui seria tolo se não conversasse com ele neste momento”, concluiu.

Fórmula 1 retorna de 17 a 19 de maio com o GP da Emília-Romanha, no circuito de Ímola. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento e das demais etapas do campeonato.

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.