Da Costa reafirma recuperação na Fórmula E e vence eP de Xangai 2. Wehrlein sai zerado

A corrida 2 do eP de Xangai da Fórmula E deste domingo (26) começou nebulosa, literalmente. A cidade chinesa foi atingida por uma chuva rápida pouco depois da classificação, com pole conquistada por Jake Hughes, da McLaren, e provocou incertezas sobre o desempenho dos carros elétricos em uma pista permanente — algo que nunca aconteceu na categoria. Contudo, um sol forte abriu no céu pouco antes da prova e secou a pista minutos antes do início da corrida.

E, em uma prova movimentada um pouco menos movimentada, o consumo de bateria foi, mais uma vez, determinante para definir o vencedor. Quem conseguiu gerir da melhor maneira e resistir à pressão dos adversários foi António Félix da Costa, da Porsche, que venceu a segunda prova na temporada e reafirmou que se recuperou na categoria. Jake Hughes, da McLaren, e Norman Nato, da Andretti, fecharam o pódio na China.

O triunfo de Da Costa foi conquistado com autoridade. O português assumiu a ponta na metade da prova, geriu a bateria mesmo liderando a disputa e levou a Porsche para a vitória novamente. Pascal Wehrlein, companheiro do #13 e que briga diretamente pelo título da Fórmula E, sofreu ao ter um dos pneus furados e saiu zerado. Os brasileiros não tiveram tanta sorte. Sérgio Sette Câmara, da ERT, não conseguiu brigar próximo da zona de pontuação, assim como Lucas Di Grassi, da ABT Cupra, finalizando em 19º e 20º, respectivamente.

A Fórmula E dá uma pausa e retorna com a rodada dupla do eP de Portland, entre os dias 29 e 30 de junho, a penúltima etapa da temporada. Todas as sessões de pista terão transmissão AO VIVO e COM IMAGENS nos canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube e no Kwai.

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Como foi a corrida 2 do eP de Xangai

A largada da corrida 2 do eP de Xangai começou como todas as corridas de pelotão da Fórmula E, com muitas ultrapassagens desde o início. Stoffel Vandoorne tomou a ponta de Jake Hughes logo na curva 1, enquanto Norman Nato conseguiu escalar o grid com a Andretti, saindo da sétima para a quarta posição nas curvas iniciais. Pascal Wehrlein, da Porsche, foi outro que saiu de 13º para décimo no começo da prova.

Nas voltas seguintes, os pilotos começaram a fazer as primeiras ativações do modo ataque e, a partir daí, a corrida passou a ser mais administrada por Vandoorne, Da Costa, Hughes e Nato, que lideravam a prova. Na volta 4, Nato fez uma ultrapassagem dupla e, em seguida, assumiu a ponta do pelotão após Vandoorne acionar o modo ataque.

Até a volta 10, Nato, Da Costa, Hughes e Vandoorne revezavam momentos na liderança. No pelotão intermediário, Nick Cassidy, Mitch Evans, Jean-Éric Vergne, Nyck de Vries e Maximilian Günther tentavam acompanhar o ritmo dos ponteiros.

Os brasileiros Lucas Di Grassi e Sérgio Sette Câmara andavam no fundo do pelotão, tentando poupar bateria para arriscar mais na reta final da corrida.

Na volta 12, o pneu traseiro esquerdo do carro de Wehrlein foi tocado pela asa dianteira de Sam Bird, da McLaren, furou no meio da pista e ele precisou ir para os boxes, caindo para a última posição. O incidente acabou com as chances de pontuar com a Porsche na segunda corrida na China, embaralhando ainda mais o campeonato.

Assim como na primeira corrida do fim de semana, nenhum incidente grave foi registrado até a metade da prova. Os pilotos arriscavam, mas dentro dos limites aceitáveis da disputa, pensando, principalmente, na na energia dos carros.

Eles começaram a arriscar mais a partir da volta 16. Da Costa assumiu a primeira posição da corrida, mas via pelo retrovisor Nato, Hughes, Vandoorne e os pilotos Jaguar se aproximando do trem de força da Porsche. Na volta 19, Cassidy tentou ultrapassar Hughes, mas o britânico conseguiu manter a terceira posição.

Na sequência, Hughes foi para cima de Nato e pulou para segundo. No meio do pelotão, Bird perdeu a freada na curva 10, atingiu o carro de De Vries e rodou na pista. O carro foi danificado e ele acabou abandonando a prova.

Com mais energia, Da Costa conseguiu administrar a ponta do grid com tranquilidade. O português foi eficiente na gestão da bateria, mesmo ameaçado por Hughes e Nato em alguns momentos.

Ao contrário da corrida do sábado, o português foi competente suficiente para abrir sete décimos nas voltas finais e cravou — ao menos oficialmente — a segunda corrida na temporada da Fórmula E e a terceira na pista.

Fórmula E 2023/24, 12ª Etapa, eP de Xangai 2:

1	A.F DA COSTA	Porsche	28 voltas
2	J HUGHES	McLaren	+0.612
3	N NATO	Andretti	+1.122
4	N CASSIDY	Jaguar	+2.215
5	M EVANS	Jaguar	+3.167
6	S VANDOORNE	DS Penske	+3.861
7	J.E VERGNE	DS Penske	+4.374
8	M GÜNTHER	Maserati	+5.077
9	R FRIJNS	Envision	+7.846
10	O ROWLAND	Nissan	+8.840
11	J DENNIS	Andretti	+9.634
12	S BUEMI	Envision	+10.143
13	E MORTARA	Mahindra	+11.423
14	S FENESTRAZ	Nissan	+12.280
15	N MÜLLER	ABT Cupra	+12.751
16	N DE VRIES	Mahindra	+13.102
17	J DARUVALA	Maserati	+15.973
18	S. SETTE CÂMARA	ERT	+16.419
19	L DI GRASSI	ABT Cupra	+50.057
20	P WEHRLEIN	Porsche	+1:01.675
21	D TICKTUM	ERT	+1:24.415
22	S BIRD	McLaren	NC

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