Lola anuncia entrada na Fórmula E como fornecedora de motor. Yamaha é parceira

A Lola está de volta ao cenário competitivo do automobilismo. Após mais de uma década afastada, a companhia entra na Fórmula E como fornecedora de motores a partir da temporada 2024/25. Yamaha será parceira técnica

A Lola oficializou aquilo que já se esperava nas últimas semanas: está de volta ao cenário competitivo do automobilismo. Na manhã desta quinta-feira (28), a companhia confirmou que será fornecedora de motores e trens de força na Fórmula E a partir da temporada 2024/25, a próxima do campeonato. A Yamaha será parceira técnica.

A parceria da Yamaha é motivo pelo qual o anúncio foi feito agora que a Fórmula E chega ao Japão para o primeiro eP de Tóquio da história.

A temporada 2024/25, que a Fórmula E pretende iniciar ainda em dezembro de 2024, será a primeira do Gen3 Evo, segunda versão da terceira geração de carros da categoria. Apesar da filosofia ser mantida em relação à versão atual, o carro e os trens de força terão algumas alterações práticas.

“Estamos muito animados de confirmar nossa entrada na Fórmula E. Para nós, é mais que uma oportunidade de fazer a Lola voltar às pistas: trata-se também de uma plataforma fantástica para desenvolvimento técnico”, afirmou o diretor-esportivo da Lola, Mark Preston, ex-chefe da Techeetah na categoria.

Lola e Yamaha entram juntas na Fórmula E (Foto: Reprodução)

“A Lola tem uma histórica condecorada nas áreas de projeto de chassi e aerodinâmica. E esse projeto fará com que possamos criar uma plataforma eletrificada com foco no software, com vista promover a base dos planos ainda maiores da Lola em definir o futuro da tecnologia no esporte a motor”, seguiu.

“Essa parceria é o primeiro de vários projetos de grande porte no planejamento para reestabelecer a companhia como líder na indústria de engenharia sustentável e esporte a motor, estrategicamente focada em três áreas de eletrificação combustíveis e materiais sustentáveis, além de hidrogênio como combustível”, fechou.

“Estamos incrivelmente animados pela parceria com a Yamaha Motor Company, conforme entramos na Fórmula E”, falou Till Bechtolsheimer, presidente da Lola. “Ser escolhido por uma das companhias mais inovadoras do mundo como parceira num projeto deste tamanho é uma demonstração ao calibre do time que estamos montando na Lola”, continuou.

“O foco deste projeto é totalmente voltado para desenvolvimento técnico, no qual a Lola está totalmente mergulhado. Vemos os altamente eficientes motores elétricos de 350 kW, que destacam a força das fábricas na Fórmula E, como uma tecnologia essencial que se aplica de forma animadora em diversas categorias de ponta no esporte a motor nos próximos anos”, concluiu.

Apesar do anúncio, Lola ainda não tem equipe para fornecer os motores (Foto: Reprodução)

“A Yamaha está acelerando a pesquisa e o desenvolvimento de várias tecnologias que contribuem para a sustentabilidade”, disse Heiji Maruyama, executivo de gerência da Yamaha. “Como parceira técnica, esperamos adquirir mais tecnologia de gerenciamento de energia através do maior nível de velocidade elétrica na Fórmula E. E também dividimos a nova filosofia de sustentabilidade com a Lola. Estamos muito agradecidos e honrados por formar uma parceria com eles”, finalizou.

É importante ressaltar que a Lola não terá equipe própria na Fórmula E e, ao menos por enquanto, não anunciou uma equipe para qual fornecerá motores no ano que vem. Entretanto, dá para apontar que é uma solução possível para a Abt Cupra, que já confirmou ter desmanchado o acordo com a Mahindra a partir do fim da temporada. É a única equipe sem acordo para o ano que vem. Andretti e McLaren, por exemplo, já confirmaram a permanência com Porsche e Nissan.

O retorno da Lola

Criada por Eric Broadley em 1958, a Lola se consolidou como tradicional marca de corridas até os problemas financeiros gravíssimos do fim dos anos 1990, quando Broadley vendeu a marca para o empresário Martin Birrane. Mas os anos seguintes foram, em geral, também de dificuldades. Foi nesse momento que encerrou a estadia na F1, que, entre entradas e saídas, durou entre 1962 e 1997. Além disso, durante o período, a companhia comemorou vitórias nas 500 Milhas de Indianápolis.

Lola e Yamaha entram juntas na Fórmula E (Foto: Reprodução)

A Lola declarou falência em 2012 e Birrane morreu anos depois, em 2018. Em 2022, após dez anos de inatividade, o empresário estadunidense Till Bechtolsheimer adquiriu a marca e a propriedade intelectual ligada à Lola dos herdeiros de Birrane. Aí, começou a busca para revitalizar e levar a companhia de volta às pistas.

O primeiro passo no retorno foi dado quase que de imediato: a contratação de Mark Preston como diretor de esportes. Preston é um veterano da Fórmula E e foi chefe da Aguri na primeira temporada da categoria dos carros elétricos. Em seguida, a Aguri foi vendida para o grupo midiático chinês SECA e se tornou a Techeetah, da qual Preston passou a ser CEO além de chefe de equipe. À frente da Techeetah, conquistou dois campeonatos de Equipes e três de Pilotos. A Techeetah entrou em crise financeira e desapareceu após a temporada 2022. Com Preston no comando, explorar a possibilidade de entrar na Fórmula E fazia todo o sentido.

A próxima etapa da Fórmula E acontece no dia 30 de março, com a tão aguardada estreia da categoria em Tóquio. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades de pista da temporada AO VIVO COM IMAGENS no YouTube.

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