Estrela do caos, Ericsson cresce e coloca Ganassi em vantagem em St. Pete

Marcus Ericsson não costuma aparecer entre os principais candidatos ao título, mas desenvolveu habilidade de crescer em situações caóticas e dá bom início para Ganassi em 2023

“ESTÁ NAS MÃOS DO MELHOR TRIO”: PENSKE OU GANASSI NA INDY 2023? | GP às 10

O GP de St. Pete da Indy historicamente é uma prova de 8 ou 80. Algumas edições ficaram marcadas por mais monotonia e estratégia, enquanto outras se destacaram pelo altíssimo número de bandeiras amarelas e inúmeras reviravoltas. Na edição 2023, o 80 surgiu. Foram várias amarelas, batidas feias, até acidente em disputa por vitória, e um vencedor que parece acostumado com este tipo de situação: Marcus Ericsson.

Ericsson não é o principal piloto da Ganassi e talvez nem sempre vá disputar o título, mas desenvolveu uma capacidade incrível de se destacar quando as coisas ficam mais malucas. Foi assim no GP de Detroit de 2021, quando Will Power perdeu uma vitória certeira na reta final após o carro não ligar durante uma bandeira vermelha, e foi assim também na primeira vez que a Indy correu em Nashville, quando o próprio Marcus foi um dos protagonistas do caos ao decolar em um acidente, e mesmo assim se recuperar para vencer.

Ser este tipo de figura na Indy é absolutamente essencial, especialmente em uma categoria que tem praças que são capazes de proporcionar caos. Ao mesmo tempo em que estratégia e uso de pneus podem definir uma prova, basta uma amarela pra mudar tudo. E em certos lugares, como St. Pete, amarela atrai amarela. Vira um looping que engole concorrentes e coloca diferentes nomes na ponta. Hoje, foi Marcus.

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Marcus Ericsson venceu (Foto: Indycar)

A vitória que também coloca a Ganassi em vantagem na briga com a Penske. O time esteve praticamente o tempo inteiro no top-10, com Scott Dixon liderando em determinados momentos e Álex Palou presente no top-10. A rival, por sua vez, teve um dia muito complicado. Scott McLaughlin, que foi o melhor piloto do fim de semana por lá, errou feio na disputa com Romain Grosjean, jogando uma provável vitória no lixo.

Josef Newgarden precisou se recuperar de uma classificação ruim e até tinha chances de somar bons pontos, mas uma quebra de motor ampliou o azar do americano, que já começa 2023 tendo de correr atrás dos rivais. Um apagado Will Power, que ainda jogou Colton Herta no muro, se salvou com um sétimo lugar. Ruim não é pelo fim de semana que fez.

Do lado da Andretti, segue o sentimento de potencial desperdiçado mais uma vez. O time parece ter um acerto incrível em circuitos de rua, mas não consegue transformar isso em vitórias. Grosjean foi quem mais se aproximou, inclusive de uma primeira vitória, mas saiu frustrado pelo evitável acidente com McLaughlin. Herta teve queda de ritmo, mas mais um acidente já prejudica sua campanha de título. Kyle Kirkwood teve velocidade, mas o envolvimento no choque de Rinus VeeKay e Jack Harvey estragou o dia.

Depois de uma abertura muito movimentada, a Indy tem uma pequena chance de sossego. São três semanas de descanso, para rever estratégias e encarar o primeiro oval do ano, no Texas. Um tipo de pista completamente diferente de St. Pete, mas uma das poucas oportunidades de correr tranquilo antes do turbilhão que o campeonato entra em maio.

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