Giaffone exalta trajetória de De Ferran em despedida: “Acelerava como poucos”

Um dia depois da morte de Gil de Ferran, que sofreu uma parada cardíaca, Felipe Giaffone elogiou a trajetória e a habilidade do amigo em despedida postada em rede social

O automobilismo brasileiro perdeu nesta sexta-feira (29) um de seus maiores nomes. Gil de Ferran sofreu uma parada cardíaca enquanto guiava um carro no Concours Club, uma pista privada no estado americano da Flórida. Vitorioso dentro das pistas, com dois títulos da Indy e uma conquista de Indy 500, o brasileiro foi homenageado por diversas personalidades do mundo do esporte a motor. E, entre elas, está Felipe Giaffone, que correu na categoria americana com Gil entre 2001 e 2003.

Enquanto Giaffone iniciava sua trajetória e ainda fazia seus primeiros anos na Indy, entretanto, De Ferran já se preparava para a despedida — que veio em 2003. Apresentando uma coleção de fotos em seu Instagram, Felipe se despediu do amigo e deixou algumas lembranças sobre o passado dos dois juntos.

“Vai com Deus, meu amigo”, disse Giaffone. “Ainda é muito difícil de acreditar. Pensa num piloto completo, técnico como poucos e que acelerava igualmente como poucos. Depois de ganhar dois campeonatos e uma Indy 500, em 2003 ele resolve parar de correr e, na sua última prova, faz pole e vence no Texas”, destacou.

Giaffone recordou, inclusive, uma conversa particular entre os dois pouco tempo após a aposentadoria de De Ferran e ressaltou a relação próxima do bicampeão da Indy com seu filho, Nicolas Giaffone, campeão da USF Juniors em 2023. Por fim, Felipe desejou força à família neste momento difícil.

GIL DE FERRAN, 2023, McLAREN, MORTE
Gil de Ferran morreu nesta sexta-feira (29). O bicampeão da Indy e vencedor das 500 Milhas de Indianápolis sofreu uma parada cardíaca enquanto guiava um carro em um clube na Flórida (Foto: McLaren)

“Lembro de perguntar porque ele iria parar com tanto chão pela frente. A resposta: ‘esses ovais estão perigosos demais, e não preciso mais disso.’ Fora das pistas, um cara com uma visão incrível de negócios e um grande amigo. Esse ano, foi um grande conselheiro do ‘Nic’ e, nos últimos anos, me ajudou muito a entender os carros de F1. Muita força a Ângela, Luke, Ana e toda a família”, completou.

Nascido em Paris, De Ferran era filho do engenheiro francês Luc de Ferran, um dos principais nomes da Ford e mentor de diversos projetos de carros de passeio brasileiros. Mudou-se para o Brasil com apenas quatro anos de idade e iniciou a carreira no esporte a motor pelo kartismo, ainda na adolescência. Competindo na Europa, foi subindo a escada do automobilismo e chamou a atenção pelo título de 1992 da Fórmula 3 Inglesa.

Apesar do processo natural nas principais categorias de fórmula na Europa, foi nos Estados Unidos que De Ferran se transformou em um dos maiores pilotos do automobilismo brasileiro.

O apogeu veio em 2000, quando De Ferran conquistou seu primeiro título na Indy, com duas vitórias e outros cinco pódios. No ano seguinte, repetiu a dose e chegou ao bicampeonato. Em 2003, escreveu para sempre seu nome na história do esporte a motor ao vencer as 500 Milhas de Indianápolis.

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