Juncos mantém “portas abertas” para retorno de Canapino na Indy 500: “Seria espetacular”
Ricardo Juncos acredita em possibilidade de colocar Agustín Canapino em terceiro carro da equipe para 500 Milhas de Indianápolis de 2025
A trajetória de Agustín Canapino na Indy foi interrompida junto da pausa da categoria durante os Jogos Olímpicos de Paris, após a rescisão do contrato do argentino com a Juncos. Porém, um novo capítulo pode ser escrito entre as partes. É o que sugere Ricardo Juncos, sócio-fundador da equipe, que admitiu a possibilidade.
Juncos apontou como “espetacular” a possibilidade de alinhar um terceiro carro nas 500 Milhas de Indianápolis de 2025, que poderia ser ocupado por Canapino. O piloto teve um bom desempenho na prova desse ano, quando andou no primeiro pelotão durante parte da corrida, mas perdeu a chance de um resultado expressivo após ser punido por exceder o limite de velocidade dos pits na 173ª de 200 voltas.
“Com respeito a Canapino, a porta está aberta. Se pudermos ter um terceiro carro nas 500 Milhas [de Indianápolis], seria espetacular. Sabemos que Agustín andou tremendamente bem nas duas corridas, principalmente a desse ano, que realmente estava na briga”, declarou Juncos ao portal argentino Carburando.
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A saída de Canapino foi envolta por polêmicas. O fim teve início após o argentino repudiar criticas aos compatriotas, que invadiram as redes de Théo Pourchaire com discurso de ódio na sequência do GP de Detroit, quando o francês acertou o adversário durante a corrida. O episódio gerou a rescisão do acordo técnico e comercial entre Juncos e McLaren, que rompeu o contrato alegando falta de veemência em repudiar a conduta dos torcedores portenhos.
Com a confusão armada, Brad Hollinger, um dos sócios da Juncos, afastou Canapino do GP de Road America e trouxe, às pressas, Nolan Siegel. A movimentação tinha a intenção de amealhar alguns milhões de dólares do norte-americano, mas a equipe viu o jovem ir para a McLaren, que, curiosamente, foi ao lugar de Pourchaire.
Vale destacar que a Juncos perdeu para 2024 o apoio governamental da Argentina e não conquistou grandes patrocinadores, com poucas marca estampando os carros pretos e verdes ao longo da temporada. A expectativa estava também no acordo com a McLaren, apesar de não ter gerado muitos frutos até o momento da ruptura. A esperança era para 2025, quando a Just Marketing International, empresa chefiada por Zak Brown e apontada como a principal agência de marketing do automobilismo, poderia captar grandes apoiadores.
Canapino voltou para o GP de Laguna Seca e disputou as duas corridas em Iowa, mas sem resultados expressivos. Pela frente, mais quatro provas, sendo três em ovais — que não é a especialidade do argentino. Visando fazer o #78 entrar no Leaders Circle, que dá uma premiação de cerca de US$ 1 milhão [aproximadamente R$ 5,6 milhões] aos 22 melhores carros da temporada, a Juncos chamou Conor Daly para a vaga, dispensando o argentino.
A troca foi acertada. Com uma prova para o final da temporada 2024 da Indy, o #78 entrou com folga ao Leaders Circle e abriu 15 pontos para o #20, o primeiro na ‘zona da degola’, após alcançar o terceiro lugar no GP de Milwaukee 1, disputado no último sábado (30). Este também foi o primeiro pódio da história da equipe. Ricardo Juncos admitiu que sonhava com esse momento, mas o desejo era que Canapino conquistasse o troféu.
“Ter um pódio com Canapino era o que todos desejávamos. Com Agustín, sofremos todas as vezes que as coisas não aconteceram. Se não era uma, era outra coisa. Lamentavelmente, o fim veio antes do que eu queria, do que todos queríamos. Aconteceu o que foi possível, não me arrependo de nada, creio que ele também não”, encerrou.
A Indy retorna com a etapa final da temporada 2024 em duas semanas, no dia 15 de setembro, com a corrida no oval de Nashville, localizado em Lebanon, no Tennessee. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa.
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