Grosjean se recusa a mudar personalidade, mas se vê diferente na Indy: “Era um idiota”

Romain Grosjean" target="_blank">Romain Grosjean e a equipe Andretti estão conversando sobre uma possível extensão de contrato. A informação foi revelada nesta quinta-feira (18) pelo próprio franco-suíço, em entrevista ao portal inglês The Race. Segundo ele, o interesse é mútuo e passa diretamente pela performance do piloto nas primeiras etapas da temporada 2023, que contribuiu para um crescimento da escuderia a ponto de brigar pelo título do campeonato neste ano.

Mas se dentro do carro está tudo certo, fora dele Grosjean ainda tem um obstáculo: o emocional. O chefe da equipe Andretti, Michael Andretti, comentou em entrevista à emissora americana NBC, no último dia 12, que o autocontrole do dono do carro #28 ainda precisa ser trabalhado, embora também tenha se mostrado orgulhoso com a evolução do veterano de 37 anos.

Na classificação do GP de Indianápolis 1, realizada no último dia 12 de maio, Grosjean explodiu após ser eliminado no Q1. A reclamação dele foi o tráfego que, assim como em Long Beach e em Barber, custou um melhor resultado na classificação. Porém, o piloto descartou que conseguiria mudar a sua personalidade.

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“Em Long Beach, isso [o tráfego] me custou a pole position. Em Barber, quase fui eliminado na Q1. Tive sorte de ter um carro tão rápido que conseguimos passar, e aqui [em Indianápolis] tivemos um carro muito bom na classificação, foi uma única volta e peguei tráfego novamente. A pista é grande o suficiente para que 13 carros possam passar sem se bloquearem. Foi por isso que fiquei frustrado, foi a terceira vez, eu não consegui avançar e sabia que seria doloroso”, explicou Grosjean.

“É assim que sou. Você não vai me mudar. Tenho sido assim durante toda a minha carreira. Isso faz com que alguns dias eu seja incrível, outros dias nem tanto, mas é minha paixão por isso. Acho que o dia em que eu não ficar frustrado por ser bloqueado na classificação é o dia em que preciso dizer adeus a vocês. É assim que sou. Sim, entendo que às vezes possa parecer ruim de fora. Estou trabalhando nisso, mas também é parte de quem sou e não vou mudar”, rebateu.

Por outro lado, há um ponto da personalidade que Grosjean que melhorou em relação ao período em que esteve na Fórmula 1 e nas categorias automobilísticas europeias: o relacionamento com os companheiros de equipe. O franco-suíço reconheceu que mudou completamente a sua visão depois que migrou para a Indy e hoje consegue ter um olhar amigável para os outros integrantes da Andretti.

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“Eu costumava ser um idiota como companheiro de equipe, acho que melhorei nisso. Quando você cresce na Europa, há apenas um cara que vai sobreviver, então tudo o que você aprende é destruir todos os seus companheiros de equipe e passar para o próximo nível. Aqui é diferente. Eu costumava ser o cara que só queria vencer meu companheiro de equipe e matar muitas carreiras que estivessem no meu caminho só porque era mais rápido do que os outros caras que conseguiram, agora é diferente” completou.

Grosjean integrou o Mundial de Fórmula 1 em 2009 e entre 2012 e 2020, com 181 corridas e 10 pódios. Ainda que tenha demonstrado interesse em retornar para a categoria europeia, o franco-suíço reconheceu que está satisfeito na Indy e tem interesse em continuar na categoria.

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