Aleix Espargaró se impressiona com mudança da Aprilia desde 2019: “Inacreditável”
O retorno da MotoGP ao Japão após três anos permitiu que a Aprilia fizesse uma comparação direta entre as motos de 2019 e de 2022. O catalão destacou as mudanças entre os dois protótipos e se impressionou com o trabalho da casa de Noale
Aleix Espargaró classificou como “inacreditável” a mudança da RS-GP da Aprilia nos últimos três anos. O retorno da MotoGP ao Japão fez a casa de Noale comparar o protótipo atual com a moto de 2019, o que deixou o terceiro colocado na MotoGP 2022 impressionado.
Por conta da pandemia de Covid-19, o Mundial de Motovelocidade não foi ao Japão nos últimos dois anos. Assim, Aleix começou os treinos na sexta-feira (23) usando um acerto baseado nas informações que tinha do protótipo de 2019, o que não resultou em uma boa performance.
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O time comandado por Massimo Rivola e Romano Albesiano, porém, conseguiu acertar a mão, o que permitiu ao irmão de Pol fechar o primeiro dia com o quarto tempo, só 0s068 mais lento que Jack Miller, o líder das atividades.
“É inacreditável o quanto a moto mudou”, disse Aleix. “No TL2 de 2019, a maioria dos caras de ponta fizeram [1min]44s alto e eu fiz [1min]45s alto. Hoje, eu fiz 1min44s5”, apontou.
“A maioria das pessoas baixou 0s5, mas eu baixei quase 1s5”, comparou.
Por conta do salto de performance da Aprilia desde a última visita da MotoGP ao Japão, a RS-GP precisou de mais tempo para ser acertada nesta sexta-feira.
“Foi difícil acertar a moto, mas, na última parte da sessão, a moto estava bem boa”, elogiou. “Tivemos um pouco de dificuldade nas duas primeiras saídas. A moto estava muito longe em termos de eletrônica, de entrega de potência. Fiquei bem irritado com os engenheiros, mas eles me disseram que tentaram o máximo possível adaptar as informações de 2019 à moto de 2022”, contou.
“Nós [sobrepusemos a moto de 2019] em cima da de 2022. É como uma moto de motocross e uma de MotoGP! A posição do motor era super alta em 2019, agora a moto é mais longa”, comparou. “É uma loucura como a moto mudou, especialmente a Aprilia. A entrega de potência é muito maior, mas podemos usá-la. O torque é diferente, a aerodinâmica… Wheelie era um problema nesta pista e agora, com mais potência, caiu pela metade. Isso é uma coisa chocante. Nos últimos três anos, a moto em geral deu um enorme passo”, frisou.
Mesmo celebrando o avanço da RS-GP de 2019 para cá, Aleix considera que Motegi não é um traçado que joga a favor das forças do protótipo de Noale.
“O nível da Aprilia é bem alto. Podemos nos adaptar mais ou menos, mas, em termos de velocidade máxima e em pistas travadas, não é a melhor”, assumiu. “No segundo setor, nas chicanes rápidas depois do túnel, é onde sinto que a Aprilia é realmente forte e onde ganho tempo. Mas aí em curvas travadas, como a 10, a descida da 11, eu sofro. Mas, no geral o nível da moto é bom”, destacou.
“Fiz o mesmo tempo de volta de Pecco [Bagnaia] e Fabio [Quartararo], o que é importante. Parece que o complicado será decidir qual pneu traseiro usar, então se chover no sábado, não será fácil”, encerrou.
A classificação do GP do Japão de MotoGP, em Motegi, está marcada para este sábado, às 3h05 (de Brasília). O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2022.
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