Fernández celebra título da Moto2: “Orgulhoso de tudo que passei para chegar aqui”

Augusto Fernández lembrou os altos e baixos durante sua trajetória na Moto2 e celebrou o título após longos seis anos na classe intermediária

Após seis anos na classe intermediária, Augusto Fernández é campeão da Moto2. Com quatro vitórias, oito pódios e duas poles-positions, o espanhol finalizou o GP da Comunidade Valenciana em segundo lugar, logo atrás de Pedro Acosta, para se sagrar campeão pela primeira vez. O caminho ainda foi facilitado já que seu único concorrente, Ai Ogura, caiu e abandonou.

“Foi um ano incrível. Gostei muito da corrida depois das primeiras voltas. Honestamente, hoje senti a pressão nas primeiras voltas e um pouco de frustração porque sabia que tinha mais velocidade, mas estava sendo muito cuidadoso. Eu vi a luta entre o Alonso [López] e Pedro, sabia que eles estavam lutando muito. Foi difícil passar por eles. Eu sabia que era o suficiente, mas arriscado. Mas eu tinha mais ritmo do que todos, exceto, talvez, Pedro”, disse ele.

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“Lamento pelo Ai e a queda dele, ele estava se esforçando muito, mas depois disso esqueci de tudo, fiz minha corrida e tive meu ritmo. Tentei terminar a temporada com uma vitória e fui em frente. Pedro foi super rápido nos treinos, como eu, mas um pouco mais. Estou feliz com a corrida porque fui até o fim e tentei acelerar até a última curva. Foi uma corrida incrível e estou super feliz por ele e pela equipe ganhar o Mundial de Equipes”, acrescentou.

Fernandéz iniciou sua carreira em 2017, direto na Moto2. Seu primeiro ano foi com a equipe Speed Up, substituindo Axel Bassani. Terminou a temporada na 31ª posição da tabela, com apenas seis pontos conquistados.

Em 2018, partiu para a Pons HP40, ass que Héctor Barberá foi demitido do time após ser preso por dirigir embriagado. Seu desempenho ao longo do ano foi muito mais notável: terminou em 18º lugar, com 45 pontos – 35 a mais que Barberá no ano anterior.

Deu sequência à parceria com a Pons em 2019 e foi um dos destaques da classe intermediária. Venceu três corridas naquele ano e, por fim, terminou na quinta posição do campeonato, com 207 pontos

Em 2020, partiu para a Marc VDS. Chegou no lugar de Álex Márquez, que patira para a MotoGP, e ficou ao lado de Sam Lowes. Em sua primeira temporada com a equipe, ficou em 13º lugar do campeonato, sem vitórias.

No ano seguinte, igualou sua posição final de 2019: terminou o Mundial em quinto lugar, num ano de bastante destaque com quatro vitórias, oito pódios e duas poles-positions. Foi por isso que brilhou os olhos da Ajo e, assim, fechou acordo com a equipe para a atual temporada.

“Estou orgulhoso de como nós, como família, chegamos até aqui. Minha carreira ‘estranha’, meu caminho para ser campeão e depois para garantir meu lugar aqui. Cada passo. E os anos ruins, depois de 2019, quando fui super competitivo antes de dois anos ruins. Mas sou o piloto que sou hoje por causa desses anos ruins também, não há nada a lamentar. Estou orgulhoso da minha família, de mim e de tudo”, encerrou.

Vale lembrar que o #37 já tem próximo passo garantido: a promoção à MotoGP com a GasGas em 2023.

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