Crutchlow nega conversas com Yamaha para substituir Viñales até fim da temporada

Cal Crutchlow negou que tenha conversado com a Yamaha sobre substituir Maverick Viñales no restante da temporada 2021 da MotoGP. Piloto de testes da marca de Iwata, o britânico voltou à classe rainha do Mundial de Motovelocidade neste mês para ocupar o lugar de Franco Morbidelli na SRT, já que o ítalo-brasileiro ainda se recupera de uma cirurgia no joelho.

Na quinta-feira, a Yamaha surpreendeu ao anunciar a suspensão de Maverick do GP da Áustria deste fim de semana. De acordo com a montadora japonesa, o espanhol foi flagrado fazendo uma “operação irregular da moto”, algo que poderia causar danos sérios a YZR-M1.

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A casa de Iwata não deu detalhes, mas as evidências indicam que o espanhol tentou estourar propositalmente o motor da moto. Viñales ainda não explicou o que aconteceu, mas prometeu falar assim que possível.

No entanto, a situação gerou especulação de que ele sequer voltará a subir na moto. Além da polêmica do GP da Estíria, é bom lembrar que Viñales já é uma espécie de demissionário na Yamaha, uma vez que pediu para ser liberado mais cedo do contrato e só fica na equipe até o fim deste ano.

Ainda assim, Crutchlow garante que não conservou nem com Lin Jarvis, diretor da Yamaha, e nem com Massimo Meregalli sobre a possibilidade de ser o substituto do espanhol.

Indagado se será o substituto nas corridas restantes, Cal respondeu: “Não, não é verdade. Isso é só porque vocês estão lendo muito a imprensa. E a situação é que eu não discuti isso com Lin ou Maio”.

“Então essa é a sua resposta e é uma resposta verdadeira”, frisou. “Não acredite no que você lê no noticiário, não é sempre verdade. Mas, claro, eu sou um piloto contratado pela Yamaha, tenho certeza de que vou discutir algumas coisas com Lin e Maio no momento oportuno”, ponderou.

Crutchlow destacou que tem uma ótima relação não só com Jarvis ou Meregalli, mas também com Takahiro Sumi, líder do projeto da Yamaha na MotoGP, e se disse satisfeito com o trabalho feito até aqui na SRT.

“Tenho um ótima relação com Lin, Maio e Sumi na Yamaha, está tudo correndo muito bem e estou satisfeito com a maneira como estamos trabalhando”, apontou. “Foram dois fins de semana muito difíceis, mas estou bem confiante com a maneira como estou piloto. E, talvez, se tiver de fazer mais alguns [GPs], então estarei mais na velocidade”, comentou.

Questionado se disputar a metade final da temporada seria uma maneira melhor de conduzir o programa de testes, o britânico respondeu: “Não sei. Isso é uma coisa não foi colocada para mim, então não faz sentido pensar a respeito”.

“Eu queria ser um piloto de testes, então isso significa que vou corre para testar ou que vou testar, porque não é possível fazer os dois”, considerou. “No meu entender, não é possível fazer os dois, por causa do cronograma que tenho para o resto do ano, os testes não são muito agitados ou ocupados, mas não dá para fazer as corridas e os testes que quer fazer”, frisou.

“Mas, como eu disse, não falei com eles sobre isso e não sabemos quando… eu deveria testar a moto de 22, então, no momento, tudo, até os testes… eu sei que estou testando, mas o que estou testando?”, perguntou. “Pois se eu usar a moto de 2021 no teste, então também poderia usar a moto de 21 aqui. Mas eu queria ser um piloto de testes. Se quisesse correr, teria corrido. Mas não sei todas as opções disponíveis, vou discutir no momento oportuno”, encerrou.

O britânico destacou, porém, que teria de discutir com a família a possibilidade de eventualmente substituir Maverick. Apesar de ser contratado da marca, Cal pode se recusar a voltar à ativa.

A MotoGP volta a acelerar neste domingo (15), com o GP da Áustria, novamente no Red Bull Ring. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2021.

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