Quartararo vê evolução, mas deixa Malásia aflito: “Com pneus novos, foi um pesadelo”

Francês celebrou a melhora da Yamaha em aspectos como velocidade máxima, mas encerrou a primeira bateria de testes da pré-temporada preocupado com a performance de classificação. Para piorar, ‘El Diablo’ não sabe ao certo de onde vem a dificuldade de desempenho

A alegria de Fabio Quartararo foi por água abaixo no último dia de testes da pré-temporada na Malásia. Ainda que tenha ficado satisfeito com a evolução em termos de velocidade final e ritmo de prova, o #20 encerrou o domingo (12) em Sepang preocupado com o desempenho da YZR-M1 em classificação.

No terceiro dia em Sepang, quando os pilotos aproveitaram para fazer voltas lançadas, Fabio fez o melhor registro em 1min58s943 e acabou apenas em 19º, 1s054 atrás de Luca Marini, o líder dos trabalhos. Companheiro de Yamaha, Franco Morbidelli foi 0s054 mais lento e ficou em 20º.

Fabio Quartararo saiu da Malásia preocupado com o ritmo de classificação da Yamaha (Foto: Divulgação/MotoGP)

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“Eu diria que são sensações mistas. Claro, estou bem feliz com a velocidade máxima, que é algo que venho pedindo há muito tempo”, disse Quartararo, que chegou a 335,4 km/h, só 2,1 km/h mais lento que a Ducati mais veloz. “Nós tínhamos muitas coisas para testar e, mais uma vez, estou feliz, pois foi isso que pedimos, para testar muitas coisas”, seguiu.

“Hoje foi ótimo em muitos sentidos e, com pneus usados, estou me sentindo muito feliz. Com quase 22 voltas no pneu, fiz [2min]00s”, contou. “Mas aí colocamos pneus novos e foi um pesadelo”, desabafou.

“Precisamos entender o motivo de não conseguirmos dar um passo à frente com o pneu novo”, frisou. “Ano passado, nós também tivemos dificuldades na classificação aqui, mas essa não é a razão para estarmos 1s atrás e não parece muito bom, então tomara que em Portimão a gente encontre a solução”, torceu.

O grande ponto de interrogação é que Fabio não percebeu nenhuma fragilidade em particular na YZR-M1, o que dificulta para encontrar o problema.

“Se você olhar a tabela e não ver o tempo de volta, sinto que estou pilotando em 1min58s baixo. Mas quando olho o tempo de volta, estou em 1min59s baixo”, contou. “É tipo, o que está acontecendo?”, indagou.

“Não é que cheguei de volta aos boxes e disse ‘estou perdendo a dianteira em tudo que é lugar’ ou ‘não tenho aderência’. Não sei o que está acontecendo e esse é o maior problema. Então, sim, esta é a maior dúvida”, frisou.

O piloto de Nice destacou que sente que a queda de performance em classificação tem sido uma tendência, já sai na pole seis vezes em 2019 e apenas uma no ano passado.

“Sinto que ano a ano temos perdido muito em classificação”, comentou. “Em 2019, meu primeiro ano, fiz muitas poles. Aí fui perdendo, perdendo e agora é impossível e a pior coisa é que não sabemos o motivo”, frisou.

Com a chegada das corridas sprint, a performance da classificação ganha importância extra em 2023, o que representa uma preocupação ainda maior para Fabio.

“[A classificação] é o mais importante agora, também pelas corridas sprint. Então rodar em [2min]00s baixo com 18, 19, 20, 21 no pneu, mais rápido do que a minha melhor volta na corrida, me deixa feliz, mas, no momento, para lutar pela vitória na MotoGP, acho que 80% vem da classificação”, encerrou.

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