Bagnaia reina no GP da Itália e mostra por que merece rótulo de favorito

É verdade que Francesco Bagnaia ainda dá lá umas bobeadas aqui e ali, mas dias como este domingo (11) mostram não só por que ele é o campeão vigente, mas o motivo de também vestir o rótulo de favorito ao título

Com o novo formato, introduzido em 2023, a MotoGP passou a distribuir um total de 37 pontos por fim de semana. Neste domingo (11), em Mugello, Francesco Bagnaia conquistou a pontuação máxima pela segunda vez no ano — já tinha conseguido na abertura do campeonato, em Portugal. Até agora, só ele conseguiu vencer a sprint e o GP em um mesmo fim de semana.

Além de obter a pontuação máxima duas vezes, Bagnaia pontuou em todas as corridas sprint até aqui, com o sábado rendendo um total de 56 dos 131 pontos com os quais lidera o Mundial de Pilotos. Ou seja, as provas curtas representam 42,7% da pontuação do italiano.

Francesco Bagnaia venceu de forma dominante no GP da Itália (Foto: Divulgação/MotoGP)

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No entanto, Pecco deixou de pontuar em três GPs, que valem o dobro dos pontos. Na Argentina, o pupilo de Valentino Rossi caiu quando rodava em segundo. No GP das Américas, caiu quando liderava. Na França, abandonou após um incidente com Maverick Viñales quando rodava em terceiro. Assim, são 61 pontos perdidos por bobagem.

Os números mostram que Pecco poderia ter uma vantagem mais confortável na liderança, não fosse as lambanças que faz aqui e ali. Assim como foi no ano passado, quando teve de recuperar mais de 90 pontos em relação a Fabio Quartararo por causa de tropicões em uma ou outra prova, o italiano de Torino segue tendo de trabalhar na irregularidade. Este ainda é o ponto fraco dele.

Mas tampouco dá para dizer que Bagnaia está onde está por fruto do acaso. O fato dele ter pontuado bem em todas as sprints é um diferencial. Além disso, ele venceu três GPs no ano, acumulando 75 pontos.

É fato, também, que a Ducati tem a melhor moto do grid, mas Pecco tem conseguido aproveitar muito bem o material que tem em mãos. Juntos, ele e Ducati, caminham para escrever uma bela história na MotoGP. Em Mugello, o #1 já empatou em vitórias com Andrea Dovizioso. Desta forma, ambos perdem apenas para Casey Stoner em número de triunfos com a moto italiana.

Neste domingo, Pecco precisou lidar com um ataque inicial de Jack Miller e, depois, suportar a pressão de Jorge Martín, mas sempre esteve no controle.

Questionado se foi seu principal rival neste GP da Itália, o irmão de Carola e Filippo respondeu: “Se olharmos para o passado, então sim! Sou sempre um dos meus maiores rivais, mas acho que é assim para todo mundo”.

“Hoje, Jorge estava forçando muito, então tive de me esforçar para não dar a ele a chance de se aproximar o bastante para tentar ultrapassar”, explicou. “Sabia que ele estava com o pneu macio na traseira e, se tomasse a frente, poderia abrir vantagem se estivesse forçando. E recuperar um atraso é sempre difícil, pois você está no limite com a dianteira. É fácil cometer um erro. Então hoje não queria estar com mais ninguém e com gap nenhum. Forcei bastante no início e talvez tenha sacrificado um pouco o pneu traseiro nas últimas voltas”, ponderou.

“Ele estava completamente acabado. Estava perdendo décimo após décimo, mas era a melhor estratégia, pois sabia que Jorge estava forçando muito e que, com o médio, ele teria uma vida mais longa do que o macio”, apontou.

Bagnaia reconheceu, porém, que uma das grandes motivações deste fim de semana era dar um bom espetáculo para a torcida presente em Mugello.

“[Estou] feliz, com certeza. É muita felicidade e não sei se é a mesma coisa para todo mundo, mas, quando corremos em casa, sinto como se estivesse em uma missão”, justificou. “Isso é ótimo, porque eu realmente quero dar algo a eles. Os resultados são a melhor maneira de dar algo a eles”, continuou.

“Quando você consegue um resultado assim — uma pole e duas vitórias —, você fica muito feliz. Sente como se a missão estivesse completa. Neste fim de semana, era muito importante fazer o que fizemos”, encerrou.

MotoGP volta na próxima semana com o GP da Alemanha, em Sachseniring. GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2023.

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