Morbidelli vê erro em punição na Malásia e quer “conversa aberta” com comissários

Piloto da Yamaha não considerou justa a punição que recebeu por um incidente com Aleix Espargaró na volta final do GP da Malásia e avaliou que é preciso ter uma conversa com os comissários sobre a maneira como os pilotos são julgados. O titular da Aprilia, por outro lado, defendeu a sanção e considerou que o ítalo-brasileiro está correndo com a cabeça em outro lugar

Franco Morbidelli quer uma “conversa aberta” com os comissários da MotoGP depois de discordar da punição que recebeu por um incidente com Aleix Espargaró na volta final do GP da Malásia de domingo (23). O titular da Yamaha avaliou que os integrantes do Painel de Comissários da FIM (Federação Internacional de Motociclismo) podem cometer erros e, por isso, é preciso ter uma conversa franca sobre a maneira como os competidores são julgados.

Morbidelli recebeu uma série de punições em Sepang. A primeira, uma volta longa dupla, foi por ter atrapalhado Francesco Bagnaia e Marc Márquez durante o TL3, mas, ao fim da corrida, foi sancionado mais uma vez, desta vez por um incidente com Aleix Espargaró.

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🧮 Bagnaia põe mão na taça com vitória no GP da Malásia

Franco Morbidelli quer conversa franca com os comissários (Foto: Yamaha)

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Os dois disputavam a décima posição e Franco recebeu a bandeirada na frente, mas acabou punido com 3s por ter batido no catalão na hora da ultrapassagem. Assim, Aleix ficou em décimo, com o #21 descendo para 11º.

“Espero que essa ultrapassagem seja exibida bastante nas redes sociais e na televisão, para mostrar que a direção de prova cometeu um erro com essa decisão”, disse Morbidelli. “Eles são humanos, podem errar. Mas será importante discutir como as pessoas decidem coisas assim”, seguiu.

Morbidelli defendeu que é importante que todos sentem juntos para debater a maneira como essas decisões são tomadas, já que é preciso existir um equilíbrio entre o espetáculo e a segurança.

“Precisamos sentar juntos no futuro e discutir como somos julgados. Tem algo que realmente não funciona”, disparou. “Acho que é hora de conversarmos sobre isso e termos uma conversa aberta a respeito. Toda vez que eles tomam uma decisão, como ontem [sábado], não é possível uma conversa real com os protagonistas do incidente. Não há conversa entre a mídia e os comissários. Acredito que essas pessoas estejam sob enorme pressão, eles estão sobrecarregados por essa pressão, pelas reações nas redes sociais e na televisão”, pontuou.

“É assim que o mundo funciona no momento, mas sinto que as pessoas que devem nos julgar, nos proteger e proteger o público mantendo o show vivo, não acho que o equilíbrio esteja certo”, avaliou. “Isso precisa ser conversado. Precisamos falar sobre isso para corrigir esse tipo de problema. Deve haver um mecanismo para garantir o equilíbrio entre o show e a segurança”, defendeu.

“Se não posso ultrapassar na penúltima curva, onde há muito espaço, e tenho uma moto com a qual não posso ultrapassar nas retas, o que devo fazer? Seguir rodando atrás? Acho que temos de olhar para a maneira atual de trabalho”, frisou.

Diferente de Franco, Aleix Espargaró não só concordou com a punição, como acredita que a direção de prova deve ser mais dura com o ítalo-brasileiro se ele “não melhorar”.

“Não sei o que esse cara está fazendo este ano, não entendo”, disse Aleix. “Ele está aqui com a cabeça em outro lugar. Dão a ele uma sanção em quase todo GP, mas ele segue fazendo coisas estúpidas. Ele me atingiu duas vezes na Tailândia, estávamos em 11º e eu não entendi. Hoje ele me atingiu super forte, não sei como não caí — pelo décimo lugar. Eles dão a ele 3s, o que é bom, porque me devolveram um importante ponto. Mas acho que precisam fazê-lo começar em último ou do pit-lane, seguir punindo-o, mas ele não melhora. É uma loucura”, comentou.

A MotoGP volta às pistas daqui a duas semanas, em 6 de novembro, para a disputa da etapa de Valência, que encerra a temporada. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade.

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